O tratado compromete a Rússia e Estados Unidos a eliminarem milhares de suas ogivas nucleares e abrir caminho para uma reduçao maior de armamentos. O documento, ratificado pelo Senado dos EUA em 96, deve agora ser aprovado pelo Conselho da Federaçao Russa.
Por sua parte, o presidente russo Vladimir Putin, em pronunciamento na Duma, disse que a Rússia se retirará dos acordos de desarmamento estratégicos e eventualmente táticos, entre eles START II, se os Estados Unidos desrespeitarem o tratado antimísseis ABM. O acordo prevê a reduçao de dois terços dos arsenais nucleares estratégicos russo e americano.
Washington deseja emendar o tratado para poder construir um sistema limitado de defesa contra mísseis. "Quero enfatizar que, neste caso, teremos o direito e nos retiraremos nao apenas do START II, mas de todo o sistema de tratados sobre limitaçao e controle de armas estratégicas e convencionais", declarou Putin.
Firmado pelos presidentes americano George Bush e russo Boris Yeltsin, o START II é um prolongamento do START I, firmado em julho de 1991 entre Bush e Mikhail Gorbachov, e prevê diminuir o número de ogivas nucleares a 3.500 para Estados Unidos e 3.000 para Rússia até o final de 2007 e prepara o terreno para que as naçoes elaborem um tratado adicional - START III - sobre novas reduçoes.
Os comunistas e seus aliados pediram aos legisladores para nao aprovarem o START II sob o argumento de que o acordo debilitaria a Rússia e daria aos Estados Unidos uma enorme vantagem militar. Os políticos de centro rejeitaram o argumento alegando que a ratificaçao era do maior interesse do país.
Os comunistas vetaram a ratificaçao do START II durante 11 anos, mas nas eleiçoes de dezembro perderam a maioria na Duma. Putin, vencedor das eleiçoes presidenciais de março, pediu uma rápida aprovaçao do acordo e a nova maioria de centro atendeu ao apelo.
O presidente russo deu máxima prioridade à aprovaçao do START II e seu êxito deve lhe dar credibilidade no Ocidente.
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