No maciço dos Mouros, perto da cidade turística de Côte d'Azur, o efetivo de bombeiros precisou ser reforçado, já que trata-se da região mais atingida pelo fogo, que começou em julho e já causou a morte de quatro pessoas.

Segundo autoridades, os bombeiros conseguiram deter nesta terça-feira a progressão das chamas, embora o fogo continue avançando para a cidade de Cogolin. O promotor público Christian Girard anunciou a abertura de uma investigação para conhecer a origem dos incêndios. "Não descartamos nenhuma hipótese. Analisamos todas as informações e depoimentos", declarou. "É preciso responder à pergunta: por que os incêndios ocorrem constantemente?", acrescentou.

O departamento do Var (no Sudeste do país), onde se encontram o maciço dos Mouros e a ilha mediterrânea da Córsega, são as duas regiões mais afetadas pelo fogo neste verão, considerado o mais quente dos últimos 50 anos da França.

Chirac - O presidente francês, Jacques Chirac, disse estar profundamente comovido com o acidente que matou, na noite dessa segunda, três bombeiros. Ele expressou seu apoio às famílias das vítimas. O caminhão em que os três estavam foi envolvido pelas chamas.

Em julho passado, ante o início do incêndio, o presidente Chirac pediu mais firmeza às autoridades com os que provocam as chamas. "Temos de achar uma pista para avançar nas investigações sobre esses incêndios criminosos, porque acredito que se trata disso", explicou o promotor Girard.

Três pessoas foram detidas na semana passada na área dos incêndios, mas foram liberadas sem nenhuma acusação formal.