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Doria anuncia R$ 97 mi em doações para o Butantan

Montante será usado para fábrica que irá produzir vacina chinesa; custo da obra sobe para R$ 160 mi

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
15/09/2020 | 00:01
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O Estado de São Paulo conseguiu R$ 97 milhões em doações do setor privado para o novo projeto da fábrica do Instituto Butantan, que vai abrigar a futura produção da vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. O projeto executivo está em processo de contratação e as obras devem ser iniciadas em novembro.

No fim de julho, o governador João Doria (PSDB) havia anunciado que já tinha conseguido captar R$ 96 milhões e que a obra custaria cerca de R$ 130 milhões. Ontem, porém, o tucano informou que conseguiu mais R$ 1 milhão de doações, mas o valor estimado para a construção da estrutura subiu para R$ 160 milhões. 

Para completar o valor, Doria disse que irá recorrer ao governo federal. No total, o Estado está pleiteando R$ 1,9 bilhão, sendo que R$ 85 milhões iriam para os estudos clínicos que estão em execução, 60 milhões para complementar a estrutura do Butantan e o restante para ampliar o número de doses disponíveis da vacina, podendo chegar a 100 milhões de imunizantes até maio de 2021.

“São Paulo fechou hoje (ontem) mais uma etapa na arrecadação de fundos para a fábrica da vacina contra a Covid-19, a Coronavac. O governo de São Paulo conseguiu arrecadação de R$ 97 milhões em doações privadas, sem nenhuma contrapartida”, comentou João Doria.

A previsão é de que as obras da fábrica sejam iniciadas em novembro e concluídas em 2022. Os trâmites para contratação do projeto executivo já foram iniciados pelo Butantan. “Lembrando que fisicamente a fábrica já existe. Ela será adaptada, modernizada e equipada. Os R$ 97 milhões que arrecadamos permite início imediato da obra”, afirmou o governador.

DOSES

Até dezembro, o Instituto Butantan deve receber 46 milhões de doses da Coronavac, fabricadas na China. A previsão é de que até março de 2021 o Estado receba mais 15 milhões de doses. Há ainda a possibilidade de aquisição de mais 100 milhões de doses no próximo ano, mas a medida vai depender de suporte do Ministério da Saúde.




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