O Ministério Público de Mauá apura se houve nepotismo cruzado em nomeações durante o governo da então prefeita Alaíde Damo (MDB), que herdou a cadeira em abril com o impeachment de Atila Jacomussi (PSB) – foi anulado em setembro por decisão judicial.
O Diário apurou que a promotoria notificou a Prefeitura mauaense a prestar esclarecimentos acerca da nomeação de João Veríssimo (sem partido) e Rômulo Fernandes (PT), ambos irmãos. O primeiro foi alçado ao posto de secretário de Governo na gestão de Alaíde, enquanto que o segundo foi nomeado como assessor na Câmara.
O caso chegou ao MP por meio de denúncia anônima e está nas mãos do promotor José Luiz Saikali. Ainda não há nenhum inquérito civil aberto ou ação ajuizada pela promotoria.
Integrantes de família tradicional na cidade – são filhos da primeira vereadora do PT em Mauá, Celcina Fernandes – Veríssimo e Rômulo, apesar de irmãos, integram grupos políticos distintos. Um mantém proximidade com a família Damo e o outro, com o petismo – rival histórico do clã. Rômulo, inclusive, já foi parlamentar e secretário de governos petistas. Além disso, integrou grupo de oposição ao governo cujo irmão foi secretário.
O nepotismo cruzado ocorre quando um agente público nomeia parente de outra autoridade, e vice-versa. Veríssimo não é parente de Alaíde, responsável pela sua nomeação.
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