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Metalúrgicos da CUT e Grupo 10 fecham acordo
Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
06/11/2004 | 13:09
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Os metalúrgicos da CUT (Central Única dos Trabalhadores) fecharam acordo de reajuste salarial com o Grupo 10 (mecânica, funilaria, iluminação, estamparia e outros), em reunião realizada na noite de quinta-feira.

Os trabalhadores conseguiram recomposição salarial da inflação de 12 meses medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais aumento real de 4%. O índice final do reajuste pode superar 10%.

A central sindical realizou paralisações em fábricas desse grupo em todo o Estado de São Paulo durante os meses de setembro e outubro, e também fechou acordos diretamente com empresas, pedindo o mesmo reajuste pelo INPC mais aumento real de 4%.

A mudança da data-base, uma das reivindicações da categoria, ainda não foi definida. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (da CUT), José Lopez Feijóo, a transferência da data-base é "certa", mas o mês será escolhido pelo sindicato patronal. "Demos três opções de mudança: agosto, setembro ou outubro. Se o Grupo 10 não se definir até abril de 2005, a data-base passará automaticamente para setembro. O importante para nós é a antecipação", afirmou.

O sindicalista avalia positivamente o resultado da negociação. "Esse foi um ano muito bom para todas as negociações salariais de metalúrgicos, inclusive do Grupo 10. A economia está crescendo e os sindicatos estão organizados. Com esse resultado, todos os metalúrgicos da CUT conseguiram ir além da reposição da inflação", afirmou.

O reajuste negociado com o Grupo 10 incidirá sobre salários de até R$ 2.950. Acima desse patamar, o aumento terá um valor fixo de R$ 295. A aplicação do aumento também será parcelada: o reajuste de INPC retroativo a 1º de novembro nos próximos pagamentos e o ganho real de 4% a partir de janeiro.

Força - Na segunda-feira, os metalúrgicos da Força Sindical também se reunirão com o Grupo 10 para discutir o reajuste salarial. A última proposta do sindicato patronal foi de aumento de 8%.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano (da Força), Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, acredita que será difícil chegar a um acordo na reunião de segunda-feira. "As negociações com o Grupo 10 sempre foram difíceis. Acredito que ainda vamos fazer outra reunião na semana que vem até entrarmos em acordo. Mas não é possível descartar a possibilidade de acordo na segunda-feira", afirmou.

Químicos - Os trabalhadores da indústria química do Grande ABC decidiram nesta sexta-feira, em assembléia, prorrogar o prazo para avaliação da proposta do sindicato patronal Ceag-10, de 8% de aumento salarial.

A proposta voltará a ser avaliada no próximo dia 12, em nova assembléia no Sindicato dos Químicos do ABC (da CUT). O aumento do período de avaliação teria sido decidido para facilitar a negociação que tem sido realizada diretamente com indústrias da região.

O objetivo do sindicato seria garantir pelo menos os 8% de reajuste para a maior parte da categoria e tentar negociar reajustes maiores em acordos diretos - que têm resultado em 10% de aumento. O sindicato pedia, no início de sua campanha salarial, 17,26% de aumento.




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