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Relatório da operação Anaconda sai até quarta, diz PF
Por Do Diário OnLine
Com Agências
16/11/2003 | 15:40
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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda, afirmou neste domingo que o relatório completo sobre a operação Anaconda será divulgado até quarta-feira. O documento deve trazer o levantamento dos bens acumulados no exterior pelos envolvidos no esquema de corrupção no Poder Judiciário. Cerca de 40 nomes estariam no inquérito.

De acordo com o diretor da PF, com base no relatório o Departamento de recuperação de Ativos do Ministério da Justiça ele poderá pedir o bloqueio dos bens dos envolvidos. São imóveis, contas bancárias e automóveis de luxo. O levantamento está sendo feito na Suíça, Uruguai e Estados Unidos. Paulo Lacerda explicou ainda que os bens ficariam bloqueados até o final do processo graças a acordos de cooperação feitos com outros países.

A Polícia Federal também continua esperando que policiais envolvidos no esquema se pronunciem para ajudar nas investigações. Neste caso, a lei garante benefícios como a redução de pena. Até agora, a Polícia encontrou indícios de participação de 40 pessoas. Mas Lacerda ainda não tem detalhes. "São advogados, policiais e magistrados que foram citados nas escutas telefônicas, mas não podemos afirmar todos participaram de forma ilícita", afirmou à Agência Brasil.

O começo - Iniciada há um ano e meio e revelada no final de outubro, com a prisão de algumas pessoas, a operação Anaconda investiga uma rede de tráfico de influências, corrupção, facilitação de contrabando e extorsão no Poder Judiciário. O principal juiz investigado é o magistrado federal Carlos da Rocha Mattos, suspeito de liderar a quadrilha.

No dia 30 de outubro, agentes da Polícia Federal prenderam oito pessoas e apreenderam centenas de documentos em 15 endereços da capital paulista. Entre as pessoas presas estava uma auditora aposentada da Receita Federal: Norma Regina Emílio Cunha, ex-mulher do juiz Mattos.

No apartamento da auditora, na região central de São Paulo, os agentes apreenderam US$ 300 mil – além de sacolas cheias de documentos fiscais, cópias de processos judiciais e inquéritos policiais, contas de telefone, extratos bancários, correspondências diversas, disquetes de computador, jóias e até um aparelho de TV. Esse são os principais itens a serem analisados pela PF.




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