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Prefeitura de S.Caetano admite equívoco
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
13/12/2008 | 07:01
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O diretor do Departamento de Serviços Municipais de São Caetano, Geová Maria Faria, nega que funcionários da Prefeitura tenham invadido a casa do número 2.992 da Avenida Goiás, no bairro Barcelona. Porém, ele admite que houve um equívoco, já que o imóvel é particular e ninguém poderia entrar sem autorização do proprietário.

A justificativa de Faria para a demolição de parte da casa é que vizinhos teriam procurado a Prefeitura para que fossem tomadas providências, já que a área teria se transformado em ponto de consumo de drogas. Ele não informou, no entanto, quantas reclamações a administração recebeu. "Temos obrigação de combater a marginalidade. Infelizmente, entramos na casa errada, mas não invadimos. A porta estava arrombada. Vários objetos já haviam sido furtados, como pia, torneira e a caixa d'água", assegurou.

Questionado se tomará providências com relação aos funcionários que teriam entrado no endereço errado, Faria esquivou-se. "Ainda estou analisando a OS (Ordem de Serviço) para entender o que aconteceu. Se for comprovado que eles agiram de má-fé, com certeza, serão punidos."

Os donos do imóvel, o casal de advogados Reinaldo Garcia do Nascimento e Deuzilene Barros, negam que o sobrado estivesse abandonado. "Estava em ordem. Fazia um mês que o inquilino saiu. Nem a chave ele me entregou. Não tinha como a casa estar abandonada", disse Nascimento.

Indignada com a situação, Deuzilene afirmou que entrará com uma ação civil contra o município solicitando reparação de danos. "Estou preparando a petição. Amanhã (hoje) vou atrás de marceneiro para calcular o prejuízo. Só uma janela custa R$ 5.000. Tenho de fazer avaliação de tudo para colocar no processo", disse.

ACORDO
Faria garantiu que a administração procurou os proprietários para solucionar o problema. "O caso está nas mãos do chefe de Gabinete (Luiz Antônio Cicaroni). Se eu fosse o dono da casa, entraria em acordo com a Prefeitura para resolver a situação o mais rápido possível", aconselhou.

A reportagem do Diário não conseguiu contato com Cicaroni para que comentasse o assunto.

Deuzilene negou ter sido procurada pela Prefeitura. "É mentira. Ninguém nos procurou. Já fomos seis vezes falar com o Cicaroni e ele nunca nos atendeu. Sempre manda dizer que não está", comentou.




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