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Americano se torna o primeiro transplantado a dar a volta no mundo
Por Da AFP
19/10/2006 | 18:03
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Um norte-americano de 71 anos entrou para os livros de História nesta quinta-feira após se tornar o primeiro transplantado de rim e coração a dar a volta no mundo.

Depois viajar em 18 meses um percurso de 31.100 milhas náuticas, a odisséia ao redor do mundo de Ardell Lien chegou ao fim na enseada de San Diego, quando seu veleiro, 'Catalyst', de 27 pés, entrou no porto.

Familiares, amigos e meios de comunicação estavam ali para saudar o empresário aposentado, que se lançou nesta aventura para conscientizar o mundo sobre a doação de órgãos, após se submeter a um transplante duplo na Clínica Mayo, em Minnesota, três anos atrás.

"É um alívio estar de volta", disse Lien. "Queria mostrar às pessoas que ainda se pode viver depois de uma operação como a minha e acho que fiz isto. Você não precisa só sentar em uma poltrona e tomar seus remédios", acrescentou.

A viagem épica de Lien o levou a 19 portos, a passar ao largo de vários furacões e sobreviver a temporais, tempestades tropicais, ao calor sufocante e eventuais esbarrões com baleias.

O momento mais tenso ocorreu quando ele venceu ondas gigantes no Estreito Torres, que separa a Austrália da Papua Nova Guiné.

"Quando se está só em um barco por tanto tempo quanto eu, haverá momentos em que questiona o que está fazendo e porque", explicou. "Aquele foi um desses momentos".

A esposa de Lien, Maureen, uma das primeiras a saudar o intrépido velhinho, a princípio foi contra a idéia do marido.

"Ela não era favorável a princípio, mas percebeu que eu ia fazê-lo, me deu muito apoio", disse Lien.

Lien começou a velejar em 1991 como hobby. "Não sou um marinheiro experiente, mas posso ir de A a B", confessou.

Neste caso, 'A a B' significou viajar de San Diego ao Havaí antes de se dirigir para Samoa Americana, Ilhas Fiji e Austrália.

Em seguida, Lien atravessou o Oceano Índico, contornou o Cabo da Boa Esperança, no sul da África, e atravessou o Atlântico antes de se dirigir para o Canal do Panamá e voltar para San Diego via Ilhas Galápagos e Havaí.

Apesar da cansativa jornada, Lien disse que nunca se sentiu melhor. "Não me sinto exausto", afirmou. "Desde a minha operação eu me sinto ótimo".




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