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PT e PSDB duelam em orçamentos
19/12/2004 | 13:17
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O líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, deputado Cândido Vaccarezza, ameaçou neste sábado, em reunião do partido em São Paulo, levar para o âmbito estadual a briga entre PT e PSDB em torno dos orçamentos federal e municipal. Conforme informou à reportagem neste sábado, os tucanos começam nesta segunda, em Brasília, a boicotar a votação do Orçamento Geral da União, caso não haja acordo com os vereadores de oposição ao prefeito eleito José Serra (PSDB) para rever o teto de remanejamento do orçamento da cidade de 5% para 15%. "Se o PSDB continuar o jogo para obstruir a votação em Brasília, nós também vamos fazer uma ameaça de retaliação e obstruir a aprovação do orçamento do governo Geraldo Alckmin para 2005", disse Vaccarezza. Uma postura mais agressiva do PT dificultaria ainda mais o diálogo entre o governador e a Assembléia, onde até mesmo os governistas tem dado mostra de rebeldia.

Os deputados federais tucanos articulam-se para pressionar os líderes nacionais do PT a intervir na decisão da bancada em São Paulo de aprovar uma margem mais apertada de remanejamento do orçamento municipal, o que engessaria o primeiro ano de governo de Serra. Depois que ele foi eleito, os vereadores petistas propuseram a diminuição de 15% para 5% no teto para ter maior poder de barganha com Serra. Mas os tucanos reagiram.

Panos quentes – Avisado da movimentação do PSDB, o presidente nacional do PT, José Genoino, tenta pôr panos quentes no conflito. "Temos de baixar a temperatura e achar a melhor solução para a cidade e para a União, pois essa vinculação com o Congresso Nacional não é o melhor caminho para solucionar o problema", disse neste sábado, no mesmo evento em que Vaccarezza fez suas declarações. Segundo Genoino, as equipes de transição de Serra e da prefeita Marta Suplicy estão tentando um entendimento que aumente a margem de remanejamento na Câmara. "Há um desentendimento que não é no âmbito geral da União, mas na agenda de transição."

A "guerra" do Orçamento foi declarada para mudar a margem de remanejamento do Orçamento de 2005 de 5% para 15%. O PT insiste nos 5% e os tucanos querem 20%. Genoíno diz que equipes de transição estão trabalhando para chegar a um entendimento e aumentar a margem. Ele evita a palavra guerra de orçamentos, mas admite que existem arestas a serem aparadas.




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