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Atentados deixam pelo menos 30 mortos e 200 feridos em Israel
Do Diário OnLine
Com Agências
02/12/2001 | 16:05
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Israel foi cenário de um dos mais violentos atentados de toda sua história neste fim de semana. Os ataques, que deixaram um saldo de pelo menos 30 mortos e mais de 200 feridos, enfraquecem politicamente Yasser Arafat e obrigaram o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, a antecipar sua volta dos Estados Unidos.

Os atentados transformaram estes dois dias nos mais violentos desde o início da segunda Intifada, ou revolta palestina, em setembro de 2000, e que já deixou um saldo de 1.039 mortos, a maioria de palestinos.

Na noite de sábado, um duplo atentado em uma popular rua de Jerusalém, freqüentada, principalmente, por jovens, causou a morte de pelo menos 12 pessoas, entre elas os dois terroristas suicidas. Os israelenses ainda estavam assustados com a tragédia, quando, neste domingo, em Haifa, uma explosão em um ônibus que atravessava uma ponte matou ao menos outros 15.

O braço armado do grupo extremista islâmico Hamas reivindicou os atentados, em comunicado publicado em seu site na Internet.

Também neste domingo, dois palestinos mataram um colono em uma emboscada no norte da Faixa de Gaza e foram posteriormente mortos pelo Exército israelense. Além disso, um israelense sofreu ferimentos graves na cabeça por disparos palestinos perto de Jenin, no norte da Cisjordânia.

Sharon, que se reuniu com George W. Bush após os atentados, recebeu carta branca do presidente americano para agir firmemente contra organizações como o Hamas e a Jihad islâmica que apóiam o terrorismo.

Em Gaza, a Autoridade Palestina condenou o novo atentado terrorista cometido em Haifa e pediu uma reunião de emergência dos dirigentes palestinos. "Condenamos com firmeza este atentado em Haifa, assim como condenamos todos os atentados que tenham como objetivo civis", disse o secretário de Governo, Ahmad Abdul Rahman. "A Autoridade Palestina manterá uma reunião presidida por Yasser Arafat para tomar decisões importantes depois dos atentados de Jerusalém e Haifa".

O atentado de Haifa coincide com a presença na região do novo mediador americano para o Oriente Médio, o general Anthony Zinni, cuja missão visa obter um cessar-fogo duradouro entre as duas partes. Ele visitou neste domingo o local do primeiro atentado em Jerusalém, uma das ruas cheias de restaurantes e bares que estavam lotados de jovens no sábado à noite e amanheceram transformados em um cenário macabro. As doze vítimas tinham entre 14 e 20 anos. De mais de uma centena de feridos, 83 continuam hospitalizados e sete encontram-se em estado grave, segundo fontes médicas.

Em Washington, Bush e o secretário de Estado americano, Colin Powell, também pediram ao presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, que tome medidas "decisivas e imediatas" para deter e julgar os responsáveis pelos atentados.




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