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Pitty em fotografias

Cantora roqueira lança biografia repleta de
imagens que narram trajetória desde a infância

Vinícius Castelli
01/10/2014 | 07:00
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Divulgação


Além da energia já conhecida nos palcos e de ter na bagagem discos como Chiaroscuro, Anacrônico e o mais recente Sete Vidas – motivos por sua consagração como um dos grandes nomes do rock brasileiro –, a baiana vai além e coloca nas prateleiras seu primeiro livro, Pitty – Cronografia: Uma Trajetória em Fotos (Edições Ideal, 160 páginas, R$ 64,90 em média).

Narrada em primeira pessoa, a biografia contada principalmente por imagens mergulha na vida da artista desde sua infância em Salvador. Seresta e música de barzinho eram coisas comuns em sua família. As fitas K7 e os momentos em que conheceu Pink Floyd e AC/DC também não ficam de fora das páginas.

Em entrevista ao Diário, Pitty conta que a ideia de uma biografia existe faz tempo. “Na verdade seriam só fotografias, a coisa do texto veio depois. Essa ideia pintou para mim faz tempo, há uns anos eu venho cozinhando esse pensamento, falando com os amigos fotógrafos. Sempre vi livros de fotos de bandas gringas e ficava pensando por quê ninguém fazia isso aqui”.

Pitty conta que fez questão de participar de todo o processo de criação do livro, afinal, segundo ela, “nada sai com meu nome que eu não possa defender cada centímetro”.

O livro promove passeio ao longo da carreira, dos tempos na praia, ainda adolescente, de trabalhos como da banda Inkoma e, principalmente, seu crescimento como artista.

Ela explica que ao se deparar com fotos que contam toda sua carreira, o material chamou sua atenção, espantou e encheu de alegria. “Foi um reencontro ‘massa’ comigo mesma de antigamente. E de ver como mudou, como tudo o que aconteceu fez com que eu hoje fosse quem sou. O papel de cada pessoa nessa história. Uma gratidão sem fim, e satisfação de sentir que tudo só melhorou com o tempo”.

Fotos em que Pitty esbanja sensualidade não ficam de fora. Ela conta que é uma fase de encontro com sua feminilidade, seu poder de mulher, pele, seu Eros. “A idade me trouxe isso, parece. Essa segurança em deixar Eros passar. E sem Eros a vida é muito chata”, explica.

Se ao analisar a obra Pitty constata se virou a mulher que gostaria de ser, ela mesma responde: “Naquela época eu não sabia muito bem que mulher queria ser, mas sabia de uma coisa: queria viver de rock, fazendo meu som sem concessões, dizendo o que eu queria dizer. Isso aconteceu, e é uma bênção sem tamanho”.




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