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Tendência de alta continua na Bolsa
Por Sérgio Toledo
Do Diário do Grande ABC
16/11/2009 | 07:01
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O bom momento pelo qual passa a BM&FBovespa deve permanecer pelos próximos meses. É o que acreditam especialistas em investimentos. Segundo eles, a tendência de alta continua, já que não há motivos e nem notícias que possam reverter o atual panorama.

De acordo com o gerente de investimentos da Up Invest, Cássio Dell´Orti, a Bolsa vai continuar subindo. "A temporada de balanços referentes ao terceiro trimestre das empresas de capital aberto foi boa e sinaliza que a Bolsa caminha para uma performance positiva", conta.

Dell´Orti afirma que os indicadores econômicos estão em linha com o esperado. "O PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos mostrou que o país saiu da recessão e a concessão de crédito aumentou. Portanto, não existem fatos que possam inverter essa tendência de subida."

O economista-chefe da Gradual Investimentos, Pedro Paulo Silveira, tem o mesmo pensamento. Segundo ele, a conjuntura atual é favorável para manter a bolsa subindo. "O mercado vive um momento de otimismo", diz.

Além das boas notícias, há também o histórico do calendário. "O fim do ano sempre apresenta tendência de alta. Só em 2008 não foi assim, devido à crise financeira", conta o analista de investimentos, Jorge Guerra. Para ele, agora é uma boa época para quem deseja iniciar as aplicações em renda variável. Um dos conselhos do analista são os papéis das companhias de alimentos. "É um setor que está em expansão. E o Brasil é o maior produtor de alimentos do mundo", lembra.

Na mesma linha, o gerente de investimentos da Up Invest diz que, além das empresas de alimentação, boas opções para este período são as ações das companhias de construção, varejo e infraestrutura.

Pedro Paulo Silveira, da Gradual Investimentos, conta que sempre é uma boa opção investir em ações, já que essa aplicação gera bons rendimentos. "Mas tudo depende do apetite por risco da pessoa, quanto tempo ela pode esperar pelo retorno e quais os objetivos com o investimento."

IBOVESPA - Para Cássio Dell´Orti, é possível que o Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo) chegue aos 70 mil pontos até o fim de 2009. "Não será surpresa se isso acontecer", afirma. No último pregão, realizado na sexta-feira, o Ibovespa encerrou em alta de 1,36%, aos 65.325 pontos. Em 2008, o índice fechou o ano aos 37.550 pontos.

Investidor espera queda no preço das ações

Apesar de todas as indicações para a valorização das ações na BM&FBovespa e dos conselhos de investimento em renda variável, há quem encare o momento com outra visão.

É o caso do aposentado Marco Antônio Rogota, que investe em ações pelo home broker. Ele acredita que, em breve, vai haver uma queda nos preços e por isso vai vender todas as suas ações. "Creio que a Bolsa está um pouco saturada. Vou liquidar minhas posições e aplicar em renda fixa até o período de baixa passar."

Rogota diz que vai investir em um fundo de renda fixa de curto prazo. "Posso perder de 5% a 10%, mas volto para a Bolsa quando os sinais mostrarem um novo período de alta", conta.

Atualmente, a carteira de ações do aposentado conta com Petrobras, Unipar, Vale e CSN. Desde o início do ano até sexta-feira, as ações preferenciais da Petrobras acumulavam ganhos de 62,5%, as preferenciais da Vale subiram 72%, as preferenciais da Unipar avançaram 63% e as ordinárias da CSN tiveram valorização de 102,5%.

Apesar do bom retorno, as ações da carteira de Rogota estão longe de serem as que mais se valorizaram na Bolsa.

A empresa que lidera o ranking é a Triunfo Participações, com alta de 431,25% entre janeiro e outubro. Na sequência aparece a Agrenco, com ganho de 381,82% no período. Entre os papéis do Ibovespa, a companhia de mineração do empresário Eike Batista, a MMX Mineração, encabeça a lista, com avanço de 317,33% nos dez primeiros meses de 2009. A única ação do índice que apresentou desvalorização no período foi a da Eletrobrás, com perda de 1,12%.




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