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Suicídio de separatistas poe fim a violência no Sri Lanka
Do Diário do Grande ABC
11/03/2000 | 14:56
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Cinco guerrilheiros separatistas tamis se mataram neste sábado, com as bombas que levavam, para evitar serem capturados num edifício em que se encontravam cercados pela polícia, após uma noite de tiroteios e explosoes, que deixaram pelo menos 28 mortos.

Os membros do Movimento dos Tigres de Libertaçao do Tamil Eelam (LTTE) acionaram os explosivos assim que se viram cercados por unidades de elite do exército do Sri Lanka, num prédio de quatro andares onde estavam entrincheirados, segundo a polícia.

Desde 1972, os LTTE lutam pela criaçao de um Estado independente tamil, no Norte e Leste da ilha.

Com a morte dos cinco guerrilheiros, armados com pistolas automáticas e lança-granadas, terminou um cerco que deixou feridos quatro soldados e vários moradores do bairro.

Com o fim do tiroteio, alguns vizinhos do bairro contaram, por telefone, que conseguiam ver os restos despedaçados de dois guerrilheiros. O teto do edifício ficou destruído e algumas paredes derrubadas.

Pouco antes, o presidente do Sri Lanka, Chandrika Kumaratunga, declarou à televisao que seu governo estava disposto a iniciar discussoes com os Tigres para terminar um conflito que já dura quase trinta anos, e que já deixou mais de 55 mil vítimas.

O presidente nao comentou a violência desta sexta-feira, mas deu a declaraçao em resposta a um telespectador que perguntou sobre o assunto. A polícia perseguia os cinco rebeldes por sua participaçao nos atentados que sacudiram a capital Colombo na sexta-feira, deixando pelo menos 28 mortos e várias dezenas de feridos.

O conflito começou quando dois policiais tentaram revistar um homem, numa das estradas que levam ao parlamento. Os dois foram mortos a tiros e ainda na explosao de um artefato atirado por um dos guerrilheiros. Para escapar de outros policiais, seus companheiros lançaram granadas e dispararam a esmo, contra os carros presos no engarrafamento do rush do final da tarde.

Os guerrilheiros que conseguiram fugir se esconderam no prédio em que foram cercados, durante horas, até o suicídio coletivo.

Este é o quarto fracasso consecutivo dos comandos suicidas do LTTE desde dezembro. Na ocasiao, uma mulher detonou a bomba que levava junto consigo, ao final de um comício eleitoral, do qual participava o presidente Chandrika Kumaratunga.

O chefe de Estado escapou por pouco da morte, ficando ferido num olho. O atentado matou 26 pessoas e deixou centenas de feridos.

Em 5 de janeiro, uma mulher se matou em frente ao edifício onde trabalhava o primeiro-ministro, após ser interceptada pelas forças de segurança. A explosao matou 11 pessoas.




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