A polícia localizou nesta terça-feira à noite mais uma testemunha da chacina que ocorreu no fim da noite da última sexta-feira, no Morro do Zinco, na zona Norte do Rio, em que seis moradores de Macaé, no Norte fluminense, foram executados por traficantes. A mulher, identificada pelos policiais apenas como C., 25 anos, grávida de quatro meses, estava em casa, no bairro Aroreira. Ela negou que ia com mais 17 pessoas a uma festa de traficantes no Morro do São Carlos, vizinho ao Zinco. Segundo a polícia, C. contou que o destino era uma festa na quadra da escola de samba Estácio de Sá, que fica próxima ao São Carlos.

"Isso é mentira. Já investigamos que eles estavam indo para uma comemoração de traficantes no São Carlos. Ela não queria dizer que, na verdade, iam para a festa do Gangan (o traficante Irapuã Davi Lopes, que controla o tráfico no morro)", disse o delegado de Macaé, Jorge Veloso, que acompanha o caso, com a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), no Rio.

Segundo ele, C. confirmou que o grupo foi cercado por bandidos do Zinco, quando a van em que estavam errou o caminho e foi parar no morro, considerado rival do São Carlos. C. teria sido "poupada" da execução por estar grávida.

Dos 12 sobreviventes, quatro estão presos e foram autuados por associação ao tráfico, porque queriam ir à festa de um criminoso procurado.