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Maria Inês descarta ser vice de Saulo
Cynthia Tavares
do Diário do Grande ABC
21/10/2011 | 07:13
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Maria Inês Soares, pré-candidata ao Paço de Ribeirão Pires pelo PT, não abre mão da cabeça de chapa majoritária no pleito. Segundo ela, a possibilidade de os petistas indicarem o vice na chapa de Saulo Benevides (PMDB), concorrente à Prefeitura, está descartada.

O Diário publicou ontem que o presidente estadual da legenda, Baleia Rossi (PMDB), articula aliança entre as legendas. A ideia é usar a parceria consolidada entre PMDB e PT pelo Brasil para angariar o apoio local. "Quando existe grande liderança que se manifesta é para uma reflexão. Não temos como ser convencidos de não termos chapa majoritária", respondeu a petista.

Os peemedebistas apostam na renúncia dos petistas num acordo de cavalheiros. "O PMDB abriu mão em várias cidades para que o PT disputasse a Prefeitura. A negociação que ocorre é nesse sentido. A ordem pode vir de cima para baixo. Vamos aguardar", ponderou Saulo.

O tom de Maria Inês é outro. Ela cita como exemplo a cidade do Rio de Janeiro. "O PT também abriu mão. Deixamos de ter candidato para apoiar o Eduardo Paes (PMDB, atual prefeito carioca)", disse a ex-prefeita de Ribeirão Pires.

A petista ressaltou que os índices apontados nas pesquisas realizadas até o momento fortalecem a decisão do PT em bancar candidatura própria. "O Saulo não está nem em segundo lugar. Estou mais de dez pontos na frente dele. Quem tem mais chance (de ganhar a eleição) não vai abrir mão para quem tem menos."

O parlamentar defende que o acordo seja fechado e que a ordem de cabeça e vice sejam definidos posteriormente. "O partido não pode ser prejudicado. Quem tiver melhor (futuramente) encabeça", propôs.

A aposta de Saulo é no índice de rejeição da petista, recall de duas administrações (1997 a 2000 e 2001 a 2004). Maria Inês não é benquista pelos servidores municipais. Enquanto foi prefeita, ela não concedeu reajuste salarial aos funcionários. "A análise geral é que a nossa rejeição é menor, por isso a insistência em torno do meu nome é maior", considerou o peemedebista.

O vereador tem chamado atenção nos bastidores. O leque de partidos aliados em torno da sua campanha surpreende, assim como os bons índices alcançados por ele nos levantamentos eleitorais realizados até o momento. Principal inimigo político do prefeito Clóvis Volpi (PV), ele foi procurado pelo verde e chegou a ser sondado sobre possibilidade de composição com o indicado governista.

Portas abertas - Apesar de ser incisiva ao rechaçar a proposta do PMDB, Maria Inês elogia a estrutura do partido. "A hipótese (de compor na vice) está fora. Agora, outras alianças podem ser conversadas. É um aliado em potencial", salientou.




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