O imbróglio sobre o fim da integração gratuita entre ônibus nos terminais de Diadema e Piraporinha terá mais um capítulo hoje. O secretário do Estado dos Transportes, Jurandir Fernandes, e o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, Joaquim Lopes da Silva Júnior, devem apresentar proposta para não transferir ao usuário a cobrança de R$ 1 para a baldeação nos terminais.

A alternativa deve ser apresentada ao prefeito Mário Reali (PT) e ao secretário municipal dos Transportes, Ricardo Perez, hoje, às 11h, na sede da Secretaria Estadual dos Transportes - a assessoria do governo do Estado não confirmou o encontro. A Prefeitura informou que havia sido convidada para a reunião, mas que Fernandes cancelara a agenda ontem à tarde.

A única atividade confirmada relacionada ao tema é o ato público promovido pelo PT na Praça Castelo Branco, no Centro, a partir das 17h. Desde que o plano para cobrança da integração se tornou público, no mês passado, o partido, mesmo de Reali, tem promovido manifestações e espalhado faixas pela cidade contra o fim do benefício e acusando o PSDB, legenda do governador Geraldo Alckmin, de exigir a extinção do benefício.

Representantes do governo do Estado garantem que a proposta envolverá a manutenção da gratuidade da baldeação para o usuário. A intenção é encontrar solução para custear o valor entre o poder público e as empresas privadas que utilizam os terminais. Atualmente, além da EMTU, a Viação Imigrantes, a Empresa de Transportes Coletivos de Diadema e a Metra exploram os espaços.

Segundo a Prefeitura de Diadema, a intenção da cobrança da baldeação começaria em janeiro. Caso a tarifa seja adotada, o passageiro que faz pelo menos duas transferências diariamente pagaria, por mês, R$ 20 a mais.