Prefeito três vezes, deputado estadual por dois mandatos, Brandão afirmou que, independentemente do resultado das eleições deste ano, não vai abandonar a vida política, apesar dos 75 anos de idade. “Para tristeza do PT, os anos não pesam sobre mim”, disse em entrevista concedida à tarde, depois de votar no colégio Américo Brasiliense.
Calmo e bem-humorado, Brandão cumprimentou eleitores em cada uma das escolas que visitou pela manhã. O candidato parou para dar entrevistas e conversar com eleitores dentro do colégio em que Duílio votou. O episódio gerou o primeiro contratempo do dia. A fiscal do PT Adna Wenzel protestou contra a presença do grupo próximo à seção eleitoral. Ela e o assessor de Brandão, Marco Rogério, discutiram rispidamente e deram início a um empurra-empurra. Foram contidos pelos correligionários. Depois, ameaçaram registrar queixa na delegacia um contra o outro.
A responsável pela 156ª Zona Eleitoral, Lucia Teresa Felizato pediu para que todos – tucanos e petistas – se retirassem. Brandão e Duílio visitaram o Colégio Professor José Antunes (262ª Zona Eleitoral), no bairro Casa Branca. Os presidentes da segunda e da quarta seções eleitorais, Eduardo Ernesto e Luiz Carlos Spina Jr., afirmaram que não houve problema técnico com as urnas ali instaladas. Assessores de Brandão haviam dito pouco antes que ao digitar o número 45, o eleitor via na tela o número 44 (o que prejudicaria o candidato).
O dia do candidato foi marcado por boatos e desmentidos. Brandão reagiu com surpresa ao ser questionado sobre a informação de que teria partido de seu grupo político a difusão de informações falsas a respeito da cassação da candidatura de João Avamileno (PT). “Quem faz estas manhas é o outro lado. Não ouvi ninguém falar nada a este respeito”, afirmou. Brandão também foi questionado sobre o uso eleitoral da memória do prefeito Celso Daniel, assassinado em janeiro 2002. “Não estou usando o nome dele e se estivesse não seria indevidamente, porque sua família me apóia. Jamais pronunciei o nome dele. Aos mortos, nada. A não ser a honra”, declarou.
Pela manhã, Brandão resumiu a uma queixa a síntese das eleições deste ano: “Foi a mais ingrata, injusta. Enfrentei candidatos muito fortes, como Lauro Gomes, mas nunca foram indignos. Hoje a propaganda é diferente. Foi até mais violenta, porque violência não é apenas quando se toma tabefes”, afirmou. Brandão afirmou que faltou dinheiro e acesso à mídia. Afirma insistentemente que nunca teve o poder político ou financeiro a seu lado quando ganhou eleições. “O meu vôo, é um vôo cego.”
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