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S.Caetano e Sto.André planejam desativar hospitais de campanha

Diante da baixa demanda, prefeituras programam início de
desmobilização das estruturas montadas para tratar a Covid

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
15/07/2020 | 01:01
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Denis Maciel/DGABC


As prefeituras de Santo André e de São Caetano trabalham no cronograma para desmobilização dos hospitais de campanha, criados em caráter emergencial para atender aos pacientes da pandemia de Covid-19. São Caetano planeja desfazer a estrutura, que conta com 100 leitos de enfermaria e dois de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no fim de julho. Os dois respiradores irão para o Hospital de Emergências Albert Sabin, que tem recebido casos que necessitam de entubação.

De acordo com a administração municipal, a maioria das camas foi alugada e será devolvida. As equipes médicas e de enfermagem são contratos temporários com empresas de prestação de serviços e poderão ser rescindidos com aviso prévio. Até ontem, São Caetano tinha 2.178 moradores infectados com o novo coronavírus e 100 mortes ocasionadas pela doença. Entre os infectados, apenas 17 estavam internados no hospital de campanha, que funciona dentro do Hospital São Caetano.

Santo André, que conta com três equipamentos, planeja desmontar o hospital do Estádio Bruno Daniel no fim de agosto. Ao todo, o equipamento concentra 120 leitos, sendo dez de UTI e 110 de enfermaria. “Ninguém ficou sem atendimento. Nossos leitos não ultrapassaram a marca de 70% de ocupação, graças ao planejamento que foi feito. Já temos mais de 3.000 altas e, efetivamente, os hospitais de campanha salvaram vidas”, afirmou o prefeito Paulo Serra (PSDB).

A cidade conta, ainda, com outros dois equipamentos montados para o enfrentamento ao novo coronavírus: um com 20 leitos de UTI e 160 de enfermaria que ocupam as três quadras que integram o Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia, e outro com 120 leitos, sendo dez de UTI, na UFABC (Universidade Federal do ABC). “Claro que a gente lamenta cada óbito, mas a análise das semanas epidemiológicas indica que o número de mortes vem caindo, depois da primeira semana de junho, onde tivemos o pico, com 33 vítimas fatais”, comentou o prefeito. “Se essa tendência de queda se confirmar, tanto de vítimas fatais quanto de internações, que esperamos para agosto, a estrutura será desfeita no Brunão”, completou.

Segundo a Prefeitura, a ocupação média dos hospitais de campanha tem sido de 60%. Os leitos e respiradores utilizados hoje nos equipamentos serão incorporados à rede pública de saúde. Para a implantação dos três hospitais de campanha foram investidos cerca de R$ 8 milhões. De acordo com o prefeito, os respiradores serão utilizados em novos leitos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do município. A cidade tinha, até ontem, 9.044 casos de Covid-19 e 323 mortes.

Em Mauá, foram abertos 30 leitos no Hospital de Campanha Cecco (Centro Especializado de Combate). Segundo a Prefeitura, não há previsão de desmontagem. A ocupação média tem sido de 70%. Os equipamentos utilizados serão redirecionando à rede pública (Hospital Nardini) e a administração municipal investiu R$ 675 mil na infraestrutura do local. A cidade tinha na segunda-feira 1.291 casos e 155 óbitos.

Em Ribeirão Pires, o hospital de campanha tem 41 leitos, sendo 17 para cuidados semi-intensivos e não há previsão para seu fechamento. Os novos equipamentos instalados no local serão destinados a outras unidades da rede municipal de saúde após o encerramento dos atendimentos. A taxa de ocupação de leitos na unidade gira em torno de 40% a 55%. A administração não divulgou o investimento. A cidade tinha até ontem 552 casos de Covid-19 e 44 mortes. 




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