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Brasil sugere livre comércio entre Mercosul e UE
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29/01/2005 | 18:50
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta sexta, paralelamente ao Fórum Econômico Mundial, com o novo presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, a quem mostrou seu desejo de obter um acordo de livre comércio Mercosul-União Européia em 2005.

“Discutiu-se o relançamento das negociações entre os dois blocos”, informaram fontes do governo brasileiro sobre a reunião bilateral, que aconteceu num hotel de Davos. Segundo as fontes, Lula expressou a Durão Barroso o desejo do governo brasileiro de “obter um acordo antes do fim de 2005”.

UE e Mercosul queriam fechar um acordo de livre comércio antes de 31 de outubro de 2004, quando terminou o mandato da antiga Comissão Européia, presidida por Romano Prodi, mas não conseguiram. Enquanto o Mercosul queria principalmente uma maior abertura dos mercados agrícolas europeus, a UE pedia uma maior abertura a seus produtos industriais, maior proteção a suas marcas e a eliminação das tarifas dentro do bloco sul-americano. Agora que a nova comissão tem como presidente o português Durão Barroso, ambas as partes buscam relançar as negociações.

Mercosul – Já em Porto Alegre, as discussões sobre a integração regional travadas entre o Brasil e a Venezuela ultrapassam o campo petrolífero, com as negociações mantidas entre a Petrobras e a PDVSA. Conforme apresentado nesta sexta na conferência América do Sul: Integração, Soberania e Desenvolvimento, no 5º Fórum Social Mundial, que acontece na capital gaúcha, os governos dos presidentes do Brasil e da Venezuela, de Hugo Chávez, estudam a constituição de um banco para a América Sul, a criação de um canal de televisão estatal com o objetivo de divulgar noticiários do continente e a construção de uma universidade da região, além de manter negociações do velho sonho alimentado por países membros do Mercosul visando a adoção de uma moeda única regional.

De acordo com o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o governo brasileiro lançará um programa de US$ 1 bilhão para o financiamento de investimentos em infra-estrutura naquele país.

No evento, o cônsul da Venezuela em São Paulo, Jorge Luiz Durán Centeno, informou que a criação do “banco sul-americano é uma das propostas que estamos discutindo para que nosso mercado possa competir com a política do mercado do Norte”. Na mesma trilha monetária, Centeno avaliou que a introdução de um dinheiro único no continente permitiria às nações sul-americanas serem menos dependentes do dólar e do euro.

Um dos projetos mais avançados, segundo ele, é a proposta de construção da Universidade da América do Sul, com a participação de diversos países do território. “Os governos estão conversando e equipes estudam como poderia ser o primeiro arranque para a implementação dessa universidade”, disse, referindo-se, principalmente, aos diálogos mantidos entre brasileiros e venezuelanos.




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