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Terror com muitos exageros

Loira do Banheiro inspira filme nacional mais grotesto da temporada

Luís Felipe Soares
25/11/2018 | 07:28
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Divulgação


Uma das lendas urbanas mais conhecidas de diferentes gerações serve de inspiração para o filme nacional mais grotesco da temporada. Sustos, bizarrices, piadas, palavrões e muitos momentos nojentos fazem parte do longa ''''Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro'''', que entra em cartaz nos cinemas a partir de quinta-feira.

A obra é capitaneada pelo comediante, apresentador e ator Danilo Gentili, de Santo André, com ideia de buscar referências a filmes trashs oitentistas. “Pensei mesmo no que eu assistia e não percebia no mainstream brasileiro. Talvez ''''Evil Dead – A Morte do Demônio'''' (1981) seja a maior inspiração, com seu espírito aventureiro de sobreviver a uma noite de terror”, conta. 

A trama coloca o público acompanhando aspirantes a youtubers que ‘investigam’ casos sobrenaturais. Eles costumam inventar detalhes das aventuras, mas terão que enfrentar a aparição do espírito da Loira do Banheiro que tem amaldiçoado uma escola. Não faltam elementos típicos de produções do gênero, como jump scares e som alto em determinadas cenas, além do abuso do estilo gore, com litros de sangue jorrados, vísceras à mostra e escatologia exagerada.

“Falava do filme ser homenagem ao cinema trash. Percebi que era apenas não ter dinheiro nem tempo suficiente. Filmamos tudo com muitas dificuldades técnicas. Falar em ter um corredor de sangue é fácil. Difícil era filmar nisso tudo”, diz o diretor Fabrício Bittar, que repete parceria com o artista andreense após ''''Como se Tornar o Pior Aluno da Escola'''' (2017).

Apesar da temática assustadora, a obra promete risadas juvenis dos adolescentes e por parte dos adultos. “Gosto de filmes de terror, mas esse é um ‘terrir’, para fazer as pessoas rirem mesmo. Parte da dificuldade das filmagens era todo o sangue falso e a maquiagem grudenta”, comenta a pequena Pietra Quintela, 11 anos, que interpreta a vilã fantasmagórica. “O sangue era horrível. Gruda nos pelos, no braço e no corpo todo. Não aguentava mais”, reforça Gentili sobre os efeitos visuais.

Espectadores de Santo André devem reconhecer a fachada do EE Américo Brasiliense, no Centro, como o prédio do assombrado Colégio Isaac Newton. “Na verdade, o Américo já era para ter aparecido no Pior Aluno, mas o ex-prefeito da cidade não autorizou as filmagens. Acho que ele não gostava de mim”, revela o comediante local, que não estudou na escola. “Sempre passei por lá e a fachada dele é ótima, muito bonita e chamativa. Desejava colocar Santo André nos meus filmes de alguma forma.” 




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