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Ato sobre doença congênita é celebrado
Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
15/07/2017 | 07:00
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 Famílias que conhecem de perto o drama da cardiopatia congênita (anormalidade na estrutura ou função do coração) estão comemorando o lançamento do Ministério da Saúde, nesta semana, de um plano para garantir o atendimento de crianças com a doença no SUS (Sistema Único de Saúde). A meta inicial é ampliar em 30% o número de cirurgias, com investimento de R$ 91,5 milhões já em 2017.

Essa é a terceira maior causa de mortes de bebês antes de completar 30 dias e corresponde a cerca de 10% das causas dos óbitos infantis e de 20% a 40% dos falecimentos decorrentes de malformações.

A equipe de reportagem do Diário tentou, por dois dias, levantar o número de crianças nascidas com o problema na rede pública da região, mas a falta de informatização do sistema dificulta a coleta de dados e algumas prefeituras alegaram que seria necessário levantar prontuário por prontuário para pegar as informações.

Das sete cidades, apenas São Bernardo, Mauá e Ribeirão Pires retornaram. Em 2015, em 2016 e no primeiro semestre deste ano, o primeiro município registrou 35 bebês nascidos com cardiopatia congênita. Durante a espera por transferência para hospital capacitado para a realização de cirurgia, oito crianças vieram à óbito no período.

A cidade mauaense registrou cinco nascimentos e uma morte. O casal Tamires dos Santos Freire Leme, 29 anos, e Flávio Freire de Oliveira Leme, 35, lembram o desespero que passaram com o filho Antônio, 1, que nasceu com cardiopatia congênita chamada TGA (Transposição de Grandes Artérias). Dois dias após o nascimento, ele foi transferido e ficou 46 dias hospitalizado. “Agora o coração dele está como o de uma criança que nasceu sem problema”, comemora Tamires, também mãe de Arthur, 5. “A notícia do Ministério da Saúde é grande vitória, já que morrem dezenas de crianças por falta de vagas em leitos do SUS”, completa.

Em Ribeirão Pires, um bebê nasceu com a doença em 2016. Embora Valentina, 1, filha de Jéssica Caroline de Paulo Bittencourt, 32, tenha vindo ao mundo na rede particular, ela celebra o anúncio federal. “Neste curto espaço de tempo que vivo esse mundo de cardiopata, vi inúmeras crianças morrerem por falta de vaga. (A ação) É uma vitória, e espero que isso (promessa federal) seja cumprido.”




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