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Sindicato e comerciários discutem reajuste nesta 4ª
Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
24/11/2004 | 10:13
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O Sindicato dos Comerciários do ABC realiza nesta quarta-feira reunião com o Sincomércio-ABC (Sindicato do Comércio Varejista do ABC) que pode definir o reajuste salarial da categoria - que reúne de 60 mil a 70 mil trabalhadores na região - para este ano.

O vice-presidente do sindicato dos trabalhadores, Lourival Cristino Santos, afirmou que a última proposta patronal foi de 8,2% de aumento salarial, acima da inflação de 5,95%, medida entre outubro de 2003 e outubro de 2004 (mês da data-base da categoria) pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

"Acredito que essa reunião resulte em acordo. A negociação tem sido complexa mas tem avançado, tanto que já conseguimos alcançar o aumento real de salários", afirmou Santos.

O adicional pago pelo trabalho em domingos e feriados seria um dos entraves da negociação, segundo o presidente do Sincomércio-ABC, José Carlos Buchala, que alega dificuldades desse pagamentos pelas micro e pequenas empresas.

Hoje, o adicional, segundo o sindicato, é de R$ 20 por dia trabalhado. O sindicato dos comerciários pede aumento do adicional para R$ 30 e reajuste salarial de 15%. "O crescimento do comércio está setorizado principalmente entre as grandes empresas de varejo. O pequeno e médio empresário está lutando pelo mesmo mercado e muitas vezes perde terreno. Nesse sentido, é preciso criar condições diferenciadas para esse tipo de empresa", afirmou Buchala.

A proposta patronal prevê "parâmetros de proteção" para a pequena e média empresa. "Se não contarmos com a colaboração dos trabalhadores, teremos dificuldade para manter em funcionamento essas empresas", afirmou Buchala.

Químicos - Os 70 trabalhadores da indústria Hurner, em São Bernardo, podem entrar em greve nesta quarta-feira em protesto contra a demissão de quatro funcionários, no último dia 19, e o não-pagamento de adicional de periculosidade, que seria devido pela empresa por causa do contato direto com produtos químicos como cobalto e acetona.

A direção da Hurner nega as irregularidades com relação ao contato com produtos químicos e afirmou que as demissões são relativas a um ajuste de pessoal. O adicional de periculosidade, segundo o sindicato, é de 30% do salário base dos trabalhadores.

Para Wanderley Salatiel, diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, é grande a possibilidade dos trabalhadores da empresa decretarem greve. "Existe muita insatisfação por parte dos funcionários, e eles estão dispostos a fazer novas paralisações", afirmou. No último dia 22, os trabalhadores paralisaram as atividades por quatro horas.




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