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CBAt discute futuro e nomeia dirigente da BM&F/S.Caetano
Kati Dias
Especial para o Diário
14/11/2004 | 16:25
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O fraco desempenho do atletismo brasileiro na Olimpíada de Atenas, da qual trouxe apenas uma medalha – o bronze do fundista Vanderlei Cordeiro de Lima –, acendeu o sinal de alerta na CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo). Os dirigentes se reuniram na última semana para discutir os novos passos da modalidade no próximo Ciclo Olímpico (2004 a 2008). Entre as resoluções, está a nomeação do diretor técnico da BM&F/São Caetano, Sérgio Coutinho Nogueira, como responsável pela área de desenvolvimento da entidade. Coutinho irá comandar o fluxo de treinamento dos atletas de elite e coordenará a vinda de treinadores estrangeiros.

Também foi discutido como será realizado o investimento na descoberta de novos talentos e a definição de parcerias. Todas as questões serão apresentadas no 2º Fórum Atletismo do Brasil, que acontecerá no próximo final de semana, em São Paulo.

Coutinho será responsável pela organização de clínicas entre os principais atletas das categorias adulto, juvenil e infantil. “Nosso objetivo é estruturar as especialidades para os próximos quatro anos”, disse. A divisão entre as dez especialidades do atletismo – arremesso e lançamento, velocidade masculino e feminino, salto com vara, salto em altura, saltos horizontais (triplo e distância), meio fundo, fundo (maratona) e provas combinadas – facilitará a preparação. “Se não dividirmos, vira bagunça”, afirmou. “Divididos em sua área de atuação, os atletas se dedicarão mais aos treinamentos”, disse.

Diferentemente do último Ciclo Olímpico (2000 a 2004), a maior parte das clínicas será feita no Brasil. A exceção fica por conta do fundo (maratona) – os treinamentos serão mantidos na Colômbia em razão da altitude – e dos eventos internacionais – os atletas viajarão com dez dias de antecedência para aclimatação. Eles terão direito a duas passagens aéreas para realizar treinamentos individuais e mais ajuda de custo de US$ 500.

Outra mudança será no critério de escolha dos atletas que recebem benefícios da CBAt. O número cairá de 30 para 20 esportistas. Estes terão direito a bolsa se atenderem a alguns critérios: ter convênio médico, ser medalhista nas principais competições realizadas nos últimos dois anos (Mundial, Jogos Pan-americanos e Olimpíada) ou ainda ser qualificado entre os 20 primeiros colocados no ranking da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo).

Mesmo assim, o dirigente acredita que a modalidade não terá rápida expansão em apenas quatro anos. “A renovação na equipe olímpica será de 30%. Praticamente, os que irão para a Olimpíada de Pequim (2008) serão os mesmos que foram para Atenas. Para conseguir aumentar o número de medalhas olímpicas é necessário tempo para o amadurecimento e desenvolvimento de novos talentos”, disse.




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