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Diadema inicia obra em escola nos próximos dias

Pais de alunos da Emeb Irmã Dulce, no Parque Real, reclamam de azulejos e portas quebradas, além de infiltrações

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
25/11/2014 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A Emeb (Escola Municipal de Ensino Básico) Irmã Dulce, localizada no Parque Real, em Diadema, começa a ser reformada na próxima semana. De acordo com a Prefeitura, a previsão para a conclusão das obras é de seis meses. O investimento previsto é de R$ 700 mil.

De acordo com mães de alunos, há vários problemas em relação à infraestrutura da unidade de ensino. A securitária Yara Ferreira de Jesus, 35 anos, disse que um dos principais são as infiltrações. “Em todas as salas há mofo e bolor e as crianças convivem o dia inteiro com isso.”

“A minha filha de 3 anos tem problemas respiratórios, como bronquite. Quando chove, não posso mandá-la por causa disso. É horrível que isso aconteça”, afirmou a manicure Jéssica Natália Silva dos Santos, 26.

As mães já haviam reclamado dos problemas ao Diário em abril, em reportagem veiculada na DGABC TV. Segundo elas, a escola costumava ter alagamentos.

Yara afirmou que após a veiculação, o problema foi solucionado pela Prefeitura, porém, a necessidade da reforma persiste. “Eles colocaram um sistema de escoamento junto com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) logo após a reportagem, mas ainda tem o mofo e problemas nas portas.”

Na época, também houve reclamação sobre a merenda escolar, que não seria suficiente, além de os alunos não gostarem da comida. Caso do filho do pedreiro José Maria Moreira Souza, 49 anos. “Meu filho simplesmente parou de comer. Até mesmo em casa ele não queria se alimentar. Um dia pedi para provar a comida da escola, que realmente tinha um gosto horrível.”

A administração municipal mudou o sistema de merenda das escolas neste ano, padronizando os cardápios. Segundo Souza, as refeições foram aprovadas. “Até batata, que meu filho não gostava, começou a comer. Porém, a escola ainda necessita de reparos em relação a infiltração, azulejos e portas quebrados”, disse o pedreiro.

Na tarde de ontem, quando a equipe do Diário conversava com as mães na porta do local, os funcionários da escola colocaram comunicado avisando sobre a reforma. O texto dizia que no dia 11 de dezembro, o prefeito Lauro Michels (PV) e o secretário de Educação do município, Antônio Michels, vão comparecer à unidade para o lançamento do programa Trato na Escola.

“Espero que as crianças não sejam prejudicadas em relação às aulas, porque, como trabalhamos, não temos com quem deixá-las”, disse o pai e preparador de torno Luiz Carlos de Lima, 33.

DIETA ESPECIAL

A mãe do pequeno João Paulo, 2, a dona de casa Janice Souza, 37, disse que a merenda realmente melhorou, porém não para seu filho. “Ele tem problema de colesterol e glicose altos, então, precisa de uma dieta especial e até agora não mandaram os alimentos necessários. Isso porque já faz 45 dias que eu trouxe os atestados e exames”, contou.

O horário das crianças é das 7h30 às 17h, sendo que fazem três refeições na escola: café da manhã, almoço e jantar. Os pais costumam mandar um lanche, mas Janice afirmou que precisa enviar toda a alimentação do filho de casa. “Ele só pode comer coisas integrais, então, tenho que providenciar eu mesma”, disse.

A Prefeitura respondeu que a Secretaria de Educação atende a todas as demandas solicitadas em relação ao fornecimento de merenda escolar a alunos com restrições médicas. No total, são cerca de 300 crianças atendidas. 




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