A China celebrou nesta quarta-feira o 80º aniversário da fundação do EPL (Exército Popular de Libertação) com uma cerimônia solene em Pequim e a promessa de aumentar ainda mais os recursos do maior Exército do mundo.

"Com o crescimento econômico, gradualmente aumentaremos a contribuição às Forças Armadas, para continuar modernizando as mesmas, no interesse da segurança nacional e do desenvolvimento", declarou o presidente Hu Jintao diante de centenas de convidados no Palácio do Povo.

O país dará prioridade à qualidade e à modernização tecnológica, ao invés da quantidade, já que deseja ter poucas e fortes unidades, acrescentou o presidente diante do grupo, no qual se encontrava seu antecessor na direção do partido e do Estado, Jiang Zemin.

No exterior, sobretudo nos Estados Unidos, o poderio militar do gigante asiático, que possui o maior Exército do mundo em número de soldados, com 2,3 milhões de membros, causa grande preocupação.

A China anunciou um orçamento oficial de Defesa de US$ 45 bilhões para 2007, um aumento de 17,8% em um ano, mas a Agência Americana para a Inteligência Militar considera que os gastos militares totais poderiam chegar a US$ 125 bilhões este ano. Para os críticos norte-americanos, esta transformação secreta do poderio militar chinês é uma ameaça para Taiwan.

A China segue considerando Taiwan como parte de seu território, apesar de uma separação de fato desde que os comunistas chegaram ao poder em Pequim, em 1949. As autoridades chinesas prometeram lutar contra qualquer declaração formal de independência da ilha.