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Diadema corre risco de perder verba do PAC

Faltam cinco meses para contrato vencer, mas obras do núcleo Bonsucesso estão longe do término

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
09/08/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Nove anos depois de conquistar R$ 21,3 milhões do governo federal, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para obras de urbanização do Núcleo Bonsucesso, no bairro Casa Grande, a Prefeitura de Diadema corre contra o tempo para finalizar dentro do prazo as intervenções. Com os trabalhos ainda em ritmo lento, o município tem agora apenas cinco meses para finalizar as obras. Caso contrário, poderá perder a verba destinada pela União.

Segundo o Ministério das Cidades, se o prazo não for cumprido, o município dependerá de nova avaliação de viabilidade do projeto por parte da Caixa Econômica Federal juntamente com a Pasta para que o convênio seja renovado.

Vale lembrar que no mês passado, outras 55 propostas de Mobilidade Urbana em todo o País perderam recursos do Governo Federal, incluindo, um projeto de Mauá orçado em R$ 10,9 milhões, após prefeituras e governos estaduais não cumprirem prazos estipulados pelo Ministério das Cidades.

Selecionado em novembro de 2009, o projeto de urbanização do Núcleo Bonsucesso prevê obras de infraestrutura, como redes condominiais de água, esgoto e energia elétrica, pavimentação, drenagem de águas pluviais, contenção e estabilização do solo.

No entanto, segundo moradores, pouco foi feito desde então. “A única coisa que fizeram foi remover cerca de 50 famílias que estavam em área de risco no barranco onde sempre tinha deslizamento”, afirma a dona de casa Maria de Oliveira, 60 anos.

A área da remoção, atualmente, está repleta de entulho. O local, segundo moradores, deveria abrigar uma área de lazer e unidades habitacionais. O projeto prevê que, no núcleo, serão erguidas 373 moradias.

Além disso, haverá recuperação e melhoria de outras 16 casas e, por fim, regularização fundiária e trabalho social, beneficiando 439 famílias. “Até hoje não vi nada disso ser feito”, relata a auxiliar de limpeza Antônia Maria Matos, 45.

Segundo o Ministério das Cidades, até o momento, já foi liberado aproximadamente R$ 6,6 milhões para a execução da obra. O governo federal, no entanto, não soube informar quais etapas do projeto foram concluídas. A União também não detalhou se o montante já transferido para a Prefeitura de Diadema terá que ser devolvido.

Procurada pelo Diário desde a última semana, a administração chefiada pelo prefeito Lauro Michels (PV) não respondeu aos questionamentos.




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