"Santa mãe, Nossa Senhora de Kalwaria, dai-me forças físicas e espirituais para poder cumprir até o fim com a missão que me foi confiada por Cristo ressuscitado", foram suas palavras, em uma missa celebrada com 40 cardeais, bispos, sacerdotes e monges no santuário polonês de Kalwaria Zebrzydowska, 50 km ao sul de Cracóvia, no último dia de sua viagem ao país.
A eventualidade de uma renúncia do chefe da Igreja Católica, sempre desmentida por fontes autorizadas, nunca havia sido mencionada pelo próprio Papa, 82 anos.
Por sua parte, o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro Valls, declarou nesta segunda-feira à imprensa, em Kalwaria Zebrzydowska, que, segundo sua opinião, o Papa João Paulo II "voltará ainda uma vez mais" a seu país natal.
Cerca de 60 mil fiéis acolheram calorosamente nesta segunda o Papa João Paulo II. Os peregrinos, posicionados ao longo da estrada que vai da antiga capital real à Basílica de Nossa Senhora dos Anjos, tentaram ver de perto o idoso Sumo Pontífice. A multidão presente para recebê-lo era três vezes mais numerosa do que previram os organizadores.
O Papa, depois de longa meditação no recinto desta Basílica, celebrou uma missa para comemorar os 400 anos do santuário, o segundo em importância depois do de Czestochowa, 120 km a noroeste de Cracóvia.
Durante sua infância, Karol Wojtylya ia muito a Kalwaria Zebrydowska com seu pais, costume que conservou depois de ordenado sacerdote e quando foi arcebispo de Cracóvia, antes de ser eleito Papa em 1978. A última visita do Papa a este santuário data de 1979.
No caminho para Kalwaria Zebrydowska, João Paulo II parou na cidade de Skawina para benzer uma pintura que representa Cristo e para agradecer brevemente às 8 mil pessoas que foram recebê-lo, segundo a agência de notícias polonesa.
Depois da missa, o Papa deve sobrevoar de helicóptero sua cidade natal, Wadowice, ao sul de Cracóvia, e não está descartada uma parada em Czestochowa.
O Papa volta a Roma na tarde desta segunda-feira.
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