Os mais de 3,5 milhões de estudantes que realizaram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) nesse domingo se depararam com uma prova de resolução fácil, mas que exigia bastante atenção e habilidade na interpretação de texto.

Para o presidente do Instituto Henfil, Mateus Prado, o exame estava mais fácil do que o de 2006, mas seguiu o mesmo padrão. “Em 75% das questões o candidato encontrava a resposta no próprio enunciado”, explica. Dessa forma, o exame consegue avaliar as habilidades do aluno e não seu conhecimento agregado.

A estudante Felipe Augusto Gramático, 17 anos, achou a prova fácil, mas com enunciados complicados. “Espero que tenha conseguido alguns pontos para entrar na faculdade de engenharia.”

Para resolver as 63 questões também foi necessário saber trabalhar com gráficos e entender fenômenos naturais. O tema que predominou foi o meio ambiente, já que consegue abranger o maior número de habilidades.

A redação, que foi considerada fácil pelos professores, não agradou muito os estudantes ouvidos pelo Diário na saída da prova. Eles entenderam com clareza o tema – que era conviver com as diferenças – mas tiveram dificuldades em reunir informações.

“Tive dificuldades na redação. Não soube direito o que escrever sobre lidar com as diferenças”, contou Keith Vieira, 16 anos, de Santo André.

Segundo o professor Osmar Junqueira Lima, também do Instituto Henfil, quem lê jornais periodicamente não encontrou dificuldades em fazer a redação, pois o tema é bem atual.

Esta foi a décima edição do Enem, que foi criado pelo governo federal para avaliar o ensino médio. Atualmente, a nota entra na contagem de pontos dos maiores vestibulares do País, como Fuvest e Unicamp, é um pré-requisito para as bolsas de estudo no Programa Universidade para Todos (ProUni).