Setecidades Titulo Segurança
Melhora a qualidade de vida
dos jovens no Grande ABC

Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência revelou que
juventude da região está mais segura nos últimos três anos

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
22/04/2013 | 07:00
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Em três anos, o Grande ABC melhorou a qualidade de vida dos jovens. No fim de fevereiro, o Ministério da Justiça, em parceria com o Fórum Nacional de Segurança Pública, divulgou o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, com base em informações colhidas em 2010. O estudo é feito com 283 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. A média do índice na região é de 0,213. No estudo anterior, divulgado em 2010, com dados de 2007, a média era de 0,325.

Para a coordenadora de projetos do Fórum Nacional de Segurança Pública, Thandara Santos, a melhora do índice se deve a políticas de maior proteção e inserção social dos jovens. "No Brasil, o índice é superior à média mundial. Então, o Grande ABC está bem, comparando com as outras cidades brasileiras. Tivemos melhora geral em todo o País", explicou.

A pesquisa é constituída com base nos indicadores de mortalidade por homicídios, acidentes de trânsito, frequência à escola e emprego, pobreza e desigualdade. Os números envolvem moradores dentro da faixa etária de 12 a 29 anos.

O destaque positivo é São Caetano, que conseguiu retomar o posto de segunda cidade do País mais segura para os jovens, título que havia conquistado em 2009, mas perdido em 2010. O município está atrás apenas da mineira Pouso Alegre.

O secretário de Cultura da cidade, Jander Cavalcanti de Lira, que também comanda a Coordenadoria Municipal da Juventude, aponta o Estação Jovem como uma das principais ações de inserção social para a juventude na cidade. O projeto, localizado ao lado do terminal rodoviário, oferece várias atividades culturais, de lazer e entretenimento para adolescentes. "Queremos ampliar essas ações pela cidade para chegar à primeira posição. Se oferecermos boas opções para os jovens, será mais difícil eles irem pelo caminho errado e ficarem mais vulneráveis à criminalidade", disse Lira.

Com destaque negativo, Ribeirão Pires foi a única da região a cair no ranking das cidades mais seguras para os jovens. Diadema obteve o pior índice do Grande ABC. "Apesar disso, melhoramos os números em comparação com a última pesquisa. Isso mostra que as atividades que o município possui está suprindo a demanda. Mas o que já existe precisa ser ampliado. Possuímos várias ações para buscar novos atletas jovens, que também é uma forma de inserção social juvenil", afirmou a vice-prefeita de Diadema e secretária de Assistência Social, Silvana Guarnieri.

A secretária destaca o Projovem Adolescente como um dos projetos que ajuda a afastar adolescentes da violência. A ação é voltada à faixa etária de 15 a 17 anos e tem como objetivo oferecer atividades complementares socieducativas após o horário de aula.

"Temos programação para novos projetos durante a gestão. Por enquanto, queremos novas praças voltadas para a juventude, com atividades físicas e culturais", disse Silvana.

 

Lazer da região atrai público da Capital

Com bons números no Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, as cidades da região estão atraindo jovens da Capital, que procuram o Grande ABC para utilizar equipamentos de lazer.

O técnico em segurança do trabalho Luis França Junior, 24 anos, mora em São Mateus, mas frequenta o Parque da Juventude, em Santo André, com frequência para andar de skate. "Como estudo na cidade e minha namorada mora aqui, sempre venho. Me sinto muito mais seguro do que onde moro. Além disso, encontro boas opções, como pistas de skate, no município."

O administrador de empresa Rafael Gazola, 29, sai do Parque São Lucas para usar equipamento para esporte radical na Estação Jovem, em São Caetano. "Onde moro não tem nada, por isso venho para cá. Hoje em dia, a violência está presente em todo lugar, mas me sinto mais seguro aqui", comentou.

 




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