Economia Titulo Pré-datados
Cresce emissão de cheques pré-datados
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
01/04/2009 | 07:00
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A falta de crédito e as altas taxas de juros ainda praticadas pelo mercado, atrelado a crise financeira mundial, vem fazendo com que varejistas diversifiquem as opções de pagamento para garantirem as vendas.

O cheque tem atraído a clientela motivada pelos benefícios que proporciona na hora de parcelar e negociar o pagamento, além da ausência de taxa administrativa. Por isso, fevereiro registrou um aumento de 0,35% no número de cheques pré-datados emitidos, em relação a janeiro.

Em contrapartida, o levantamento realizado pela TeleCheque - empresa especializada na concessão de crédito no varejo - apontou que na comparação de fevereiro deste ano com o mesmo mês de 2008, o número de cheques pré-datados caiu 0,37%. "Essa redução é considerada normal e podemos atribuir pelo mês de fevereiro deste ano ter menos dias úteis em relação ao ano anterior", explicou José Antonio Praxedes Neto, vice-presidente da entidade.

No Estado de São Paulo 78,57% dos cheques emitidos são pré-datados, o restante são referentes a pagamentos à vista. O estudo mostra que a liderança dos pré-datados ficou com o setor de vestuário (89,33%), seguido de móveis e decoração, calçados e supermercados.

REGIÃO - Nas ruas de comércio do Grande ABC a aceitação por cheques está mais frequente. "Têm estabelecimentos que estão dando até 10% de desconto para compras pagas com cheque. Além disso, com a falta de crédito o consumidor pode parcelar suas compras com datas definidas, diferente do cartão, cuja fatura tem dia estipulado para chegar", destacou o gerente da Aciam (Associação Comercial e Empresarial de Mauá), Valter Carriel.

Segundo o presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Sidnei Muneratti, o índice de emissão de cheques está direcionado a alta no volume de consultas feitas. "Os varejistas se adaptam de acordo com as necessidades do cliente".

O único fator que ainda impede o aumento da emissão das folhas é a inadimplência. "Ainda há forte resistência dos lojistas com medo do ‘calote'. Mas, por outro lado, a taxa paga pelo uso da máquina de cartões também aumentou, o que acaba fomentando o uso dos cheques", contou Claudia Maciel, gerente da Telecheque.




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