Política Titulo Comissão da Verdade
Petista chama senador do PSDB para falar de ditadura

Vereador mauaense, Rubinelli aguarda presença de Aloysio Nunes em sessão do dia 25

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
08/04/2014 | 06:42
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Presidente da Comissão da Verdade da Câmara de Mauá, o vereador petista Wagner Rubinelli chamou o senador tucano e ferrenho opositor à gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) Aloysio Nunes para falar sobre o período da ditadura militar. Além do líder do PSDB no Senado, o parlamentar encaminhou convites para os correligionários ex-deputados federais Ricardo Zarattini e Luiz Eduardo Greenhalgh e ao prefeito Donisete Braga.

Apesar de o encontro ser dominado por petistas, a presença do ‘adversário’ Aloysio Nunes contribuiria para o debate. O tucano iniciou a vida política em plena ditadura, participou da ALN (Aliança Libertadora Nacional), que era liderada por Carlos Marighela e Joaquim Câmara Ferreira. Participou como motorista da ação histórica de assalto ao trem pagador em agosto de 1968, na ferrovia Santos-Jundiaí. Foi exilado político na cidade de Paris, França. “Convidamos um tucano e alguns petistas, vamos ver se ele vai aparecer”, comentou Rubinelli.

A audiência pública para discutir os anos de chumbo está marcada para dia 25, às 19h, na sede do Legislativo. O presidente da comissão convocou o ex-vereador Olivier Negri Filho, Maria Julia de Oliveira Lobo e o padre José Mahon. Todos esses nomes contribuíram no combate ao governo chefiado por militares. A expectativa está no depoimento do padre Mahon, que atuou ao lado de operários de São Bernardo e chegou a ser preso sete vezes. Essa pode ser a primeira participação do religioso na comissão mauaense.

Negri Filho, ao lado de seu pai, Olivier Negri, foi responsável por proteger e esconder dos militares o sociólogo Herbert José de Sousa, o Betinho, durante seis meses no Jardim Zaíra. Militante da Ação Popular, Maria Julia chegou a ser presa e torturada nos porões do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), ao lado de seu progenitor, que militava na clandestinidade pelo PCB.
 




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