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Admir Ferro fica na Prodesp e desiste de eleição para estadual

Tucano de S.Bernardo alega projeto 40 Poupatempos, mas admite dificuldade em obter votos necessários

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
05/04/2014 | 07:07
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Banco de Dados/DGABC


O ex-vereador de São Bernardo Admir Ferro (PSDB) anunciou ontem sua desistência da disputa por vaga de deputado estadual no pleito de outubro para permanecer à frente da diretoria da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), órgão responsável pelo programa Poupatempo. O tucano alegou compromisso pela continuidade do projeto de entrega de 40 unidades, mas admitiu dificuldades em eleger-se pela sigla. “Não é fácil. Sempre fiz política local. Grandes nomes fazem campanha fora também e eu nunca fiz.”

Admir foi parlamentar por seis mandatos na Câmara. Ele concorreu, sem sucesso, no páreo de 2010, ao angariar 22,2 mil votos, insuficientes para garantir uma cadeira na Assembleia Legislativa. A linha de corte do PSDB na ocasião foi de 62 mil sufrágios, margem alcançada por Geraldo Vinholi. O tucano refutou, entretanto, conotação política no caso. “Quando fomos candidato a vice-prefeito (em 2012) e perdemos, o objetivo em mente era sair a deputado e fazer a dobrada com o Alex Manente (PPS) a federal, mas não esperava esse convite (da Prodesp).”

O ex-vereador assumiu o cargo no órgão estadual em fevereiro do ano passado. “Eu teria liberdade para deixar o cargo, só que não gosto de abandonar um planejamento pela metade”, afirmou Admir. Dentro do plano de expansão lançado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), o desafio era inaugurar 35 unidades até o fim do mandato do tucano. A meta foi ampliada para 40 postos fixos de atendimento. Hoje, são 32 Poupatempos em funcionamento. “Nesse período (de um ano e dois meses) estamos colocando 12 em operação.”

Diante da decisão, Admir manterá o apoio à pré-candidatura de Alex ao Congresso Nacional, político com quem dividiu a chapa majoritária em 2012. “Óbvio que vou ajudá-lo na campanha. Até porque há proposta, inclusive, para 2016”, disse o tucano, ao complementar que a configuração dos nomes no pleito daqui dois anos ficará atrelada ao resultado do páreo deste ano. “É claro que o saldo do PSDB e PPS será importante para o projeto para tirar o PT de São Bernardo (na sucessão de Luiz Marinho).”

No campo ao Parlamento paulista, o ex-vereador não definiu para quem dará suporte. “Comecei a receber pedidos. Fui procurado por dois, três parlamentares.” Na região, o único nome certo do tucanato será o deputado Orlando Morando, que buscará a reeleição.
 




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