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Coréia do Norte busca ajuda econômica junto à rival do sul
Por Do Diário do Grande ABC
08/06/2000 | 10:26
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A Coréia do Norte, que antes se apresentava como o paraíso dos trabalhadores, hoje pede ajuda à rival do sul para salvar sua economia e superar a fome.

A histórica reuniao de cúpula que acontecerá semana que vem, em Pyongyang, entre o dirigente norte-coreano, Kim Jong Il, e o presidente sul-coreano, Kim Dae Jung, representará para a Coréia do Norte a oportunidade de fazer valer suas demandas em matéria econômica.

Além dos diferentes projetos que poderao ser decididos na ocasiao, o presidente sul-coreano já prometeu uma ajuda de seu país para a reconstruçao do norte.

No ano passado, o comércio entre as duas coréias aumentou 50,2% em relaçao ao ano anterior e chegou a US$ 333,4 milhoes. Mas a falta de garantias sobre os investimentos impede um ajuste importante dos vínculos econômicos entre os dois países.

Os recursos escassos e a pouca demanda interna foram outros fatores que limitaram significativamente os investimentos no norte, onde o Produto Nacional Bruto (PNB) anual per capita nao ultrapassa os US$ 573, contra os US$ 6.823 do Sul.

O desastre econômico na Coréia do Norte foi agravado por catástrofes naturais, que devastaram o que restava da sua base industrial e provocaram cerca de dois milhoes de mortes, a maioria devido à fome.

Kim Jong-Il lançou um programa massivo de desenvolvimento econômico após a morte de seu pai, em 1994, mas nao obteve êxito. Pyongyang se viu obrigada entao a abrir-se ao mundo, para obter ajuda.

A Coréia do Sul, que já investiu cerca de US$ 840 milhoes em projetos de desenvolvimento entre as duas coréias, espera levar ao Norte capitais provenientes de outros países.

Mas os analistas se mostram pessimistas, citando principalmente a continuaçao do embargo econômico americano contra a Coréia do Norte, país que Washington segue considerando como terrorista.

Vários sul-coreanos tomam consciência da dificuldade de uma reunificaçao próxima entre as coréias, divididas desde 1945 e que, teoricamente, continuam em guerra desde que terminaram as hostilidades, em 1953, pois nunca existiu um acordo de paz.




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