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GM prevê aumento de 30% nas exportaçoes
Por Ana Paula Dutra
Da Redaçao
28/04/2000 | 00:05
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  A General Motors do Brasil tem expectativas de crescer 30%, em valor, seu volume de exportaçoes em 2000, em relaçao às vendas para o mercado externo registradas no ano passado. A previsao do vice-presidente da montadora, José Carlos Pinheiro Neto, é de que neste ano as exportaçoes superem os US$ 700 milhoes. No ano passado foram vendidos ao exterior, pela GM, US$ 525 milhoes.

A previsao positiva é baseada nos resultados de um trabalho que vem sendo desenvolvido pela GM, desde o ano passado, a fim de aumentar a penetraçao dos produtos da montadora em novos mercados. Já no segundo semestre, a GM inicia as entregas dos veículos correspondentes a um contrato fechado em 1999 com a China, considerado o maior em nível Brasil, no montante de US$ 1 bilhao, para os próximos dez anos. O acordo prevê a exportaçao de veículos e autopeças para reposiçao por todo este período. "Este acordo com a China foi o maior contrato de exportaçoes já firmado por uma indústria automobilística brasileira", afirmou Pinheiro Neto.

Além disso, a GM fechou em 2000 outros grandes contratos de exportaçao para a India, Tunísia, México, Chile, Africa do Sul e Venezuela, países esses que se juntaram aos outros 24 para quem a GM já exportava. Só para a Venezuela, a GM vai exportar em 2000 mais de 15 mil Corsa 3 portas. Para o Chile devem ser enviados 500 Vectra, 1,8 mil S-10 e 2 mil Astra, além de milhares de Corsa em CKD (desmontados). Para o México foram vendidos 6 mil picapes Corsa e 2 mil Corsa Wagon. A India vai receber 6 mil Corsa Sedan em CKD e 2 mil motores Astra para seu modelo asiático Opel Astra.

O Brasil fechou recentemente acordo automotivo bilateral com o México baixando a tarifa de exportaçao de 23% para 8%. O México é um país com quem a GM trava fortes relaçoes comerciais há dois anos, com participaçao significativa de mercado. Outros dois acordos estao sendo negociados, com a mesma intençao - baixar alíquotas e incentivar o mercado externo -, com a Venezuela e a Africa do Sul, países onde a GM já atua, e tem boa aceitaçao.

Na opiniao do vice-presidente da GM, que também é presidente da Associaçao Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), e portanto representa todas as montadoras, as exportaçoes podem ajudar a aquecer a produçao da indústria nacional, que apresentou queda significativa nos dois últimos anos. O executivo ressalta, porém, que mesmo no mercado interno, o quadro tem sido revertido. Neste primeiro trimestre do ano, as vendas no atacado - da montadora para a concessionária - subiram 13% e as no varejo - da concessionária para o cliente - 12,2% em relaçao ao mesmo período do ano passado.




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