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TCE julga irregular conta de Maurício Soares
Regiane Soares
Do Diário do Grande ABC
24/04/2005 | 19:13
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O TCE (Tribunal de Contas do Estado) julgou irregulares as contas da Prefeitura de São Bernardo referentes ao exercício de 2002, quando a cidade era comandada por Maurício Soares (PSDB). Os auditores apontaram 19 irregularidades naquele ano, a principal o investimento de apenas 23,14% da receita em Educação, quando a lei determina o mínimo de 25%. O parecer desfavorável à aprovação das contas está na Câmara para ser apreciado. Se for acatado, Maurício Soares pode tornar-se inelegível.

O ex-prefeito disse que tomou conhecimento superficialmente do relatório dos auditores do TCE, e que o departamento jurídico da Prefeitura deverá entrar com recurso. "Não analisei o processo profundamente nem como acusado, nem como prefeito, nem como advogado", comenta o tucano ao se referir à profissão que exercia antes de iniciar a carreira política. "Apenas conversei com o secretário de Assuntos Jurídicos (Antonio Araldo Ferraz Dal Pozzo), que falou para eu ficar tranqüilo", afirma.

Maurício Soares foi prefeito por três vezes (1989-1992; 1997-2000; e 2001-2003), mas não completou o último mandato. O tucano renunciou ao cargo que ocupava por sete anos, em março de 2003, alegando problemas de saúde. Antes disso, em novembro e dezembro de 2002, o então prefeito já estava com a saúde debilitada e pediu afastamento de suas funções. Nesse período, foi substituído por seu vice, o atual prefeito William Dib (PSB), que também é citado no parecer do TCE. "Tenho muita desconfiança de que deve ter algum engano", comenta Maurício Soares, atual coordenador de Ações Comunitárias.

Além do investimento de 23,14% em Educação, a auditoria feita pelo TCE aponta também irregularidades como: falta de identificação e devida contabilização de receitas de multas de trânsito, estando pendente regularização de R$ 1,9 milhões; aprovação indevida de recursos do ensino para pagamento de despesas com vigilância patrimonial; além da incorreção na classificação de despesas com ensino infantil na área da educação fundamental.




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