Cultura & Lazer Titulo
Freirinha recatada
Diogo de Oliveira
Da TV Press
23/11/2006 | 21:12
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Nos próximos oito meses, os fãs da fogosa Deborah Secco terão de se contentar apenas com o seu rostinho angelical. Isso porque as cobiçadas curvas da atriz carioca permanecerão “trancafiadas” em um nada sensual hábito. Na pele da freira Elisabeth, a moça de 27 anos – completos no próximo domingo – é uma das protagonistas de Pé na Jaca e viverá uma vilã na trama escrita pelo novelista Carlos Lombardi.

Esta é a 12ª novela de Deborah Secco na carreira, em 16 anos de TV. A atriz é uma das estrelas mais jovens do atual “casting” global. Mesmo com a boa experiência, ela sabe que não será fácil viver a vilã Elisabeth. Acostumada a interpretar moças fogosas e expressivas, Deborah terá de convencer na pele de uma recatada freira, que tem planos maquiavélicos. Isso em uma trama repleta de comédia – gênero que a atriz considera um dos mais difíceis na sua profissão. “O ator tem de manter o tom do humor o tempo inteiro. É difícil dar credibilidade a um personagem”, observa.

Na trama das sete da Globo, Elisabeth tem uma vida tranqüila, é doce e bondosa. Decidida a ser freira, estuda em um convento, mesmo contra a vontade da mãe Laura – a costureira interpretada por Betty Faria. De acordo com a atriz, a transformação da sua personagem – de boa para má – deve acontecer por volta do capítulo 30. “O mais bacana é que ela não começa com uma personalidade formada. Mas acho que o público vai compreender a Elisabeth no decorrer da novela”, torce.

Filha bastarda de Último Botelho, milionário vivido por Fúlvio Stefanini, a freira sente-se magoada por não ter sido reconhecida pelo pai. Interesseiro, o ricaço sofre de uma rara doença e precisa desesperadamente de um transplante para sobreviver. Por isso, se aproxima da filha e apresenta a moça a um mundo de riqueza que ela jamais sonhou conhecer. Mas os dias de bonança duram até Último conseguir o que queria. Aí, ele passa a desprezar novamente a filha, cujo ódio corrompe o sagrado coração da freirinha. “Todo mundo que se torna mau passou por alguma situação que o levou para esse caminho”, acredita.

Deborah afirma que está bastante feliz com a oportunidade de interpretar uma vilã. “O bom dessa profissão é mudar a cada novo papel. Acho que vim alternando muito bem minhas personagens. Em relação a isso, posso dizer que sou uma sortuda!”, comemora.

O papel marca o retorno de Deborah ao horário das sete, após atuar em duas novelas das nove da Globo – Celebridade, em 2004, e América, em 2005. Mas longe de ser um prêmio, esta é a chance da atriz se redimir do último trabalho. Na trama de Glória Perez, sua personagem, a Sol, não conseguiu empolgar o público ao lado de Tião, de Murilo Benício, e terminou a novela com Eddie, papel de Caco Ciocler.

Foi a primeira vez em novelas da Globo que um casal protagonista não terminou a trama junto. “Existem momentos e personagens incríveis e outros não tão fantásticos. Mas sei que sou nova, que já fiz trabalhos bacanas e que faço o melhor que posso”, avalia.




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