Política Titulo Após reajuste zero em 2019
Paço de Diadema congela campanha salarial

Prefeitura afirma que concentra esforços no combate à pandemia; Sindema questiona

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
16/04/2020 | 00:01
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 O governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), congelou as negociações sobre a campanha salarial deste ano por conta da pandemia de Covid-19. O funcionalismo da cidade, que ficou sem reparação salarial no ano passado, acusa a administração verde de não honrar compromissos e não responder ofícios enviados pelo Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema).

Segundo a entidade, a gestão Lauro teria se comprometido, no início do mês passado, a apresentar proposta à categoria até o dia 18 de março, mas que ainda não se posicionou a respeito. “Por várias vezes, fizemos contato com secretários que representam a administração municipal nesse processo de negociação, mas não obtivemos resposta às nossas reivindicações”, relatou a direção do Sindema.

No início do mês passado, o governo Lauro chegou a propor reajuste salarial de 3,94% aos servidores, parcelados em quatro vezes. O índice era referente à campanha salarial de 2019, já que no ano passado os servidores amargaram aumento zero. Em assembleia realizada no Sindema no dia 6 de março, contudo, o funcionalismo rejeitou a oferta da administração, diante sinalização do Paço em enviar nova proposta. Cerca de duas semanas depois, entretanto, São Paulo entrou em quarentena decretada pelo governador João Doria (PSDB) em decorrência da pandemia e os municípios passaram a organizar medidas de enfrentamento à doença.

Os esforços da direção da entidade sindical também passaram a se concentrar nas ações de proteção a servidores, sobretudo da saúde. O Sindema, no entanto, destacou que segue aguardando posicionamento do Parque do Paço sobre as campanhas salariais. “No dia 31 de março, por meio de ofício, reiteramos a reivindicação para que a Prefeitura cumpra seu compromisso com o pagamento da reposição da inflação aos servidores municipais, contudo, até o presente momento não tivemos nenhuma resposta”, frisou o sindicato, que, além de ter entrado na Justiça para obrigar a administração a adotar medidas de proteção a servidores, como compra de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), tem reivindicado pagamento de abono de um salário mínimo, de R$ 1.045, para todos os funcionários que estão na linha de frente do combate à proliferação da doença.

Questionada sobre a campanha salarial, a gestão Lauro Michels não respondeu sobre as negociações com o Sindema e se limitou a informar que “a administração está focada nas ações de combate à pandemia”.




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