A Série B do Campeonato Brasileiro seguirá o regulamento da Série A, com turno e returno. Mas a informação só será passada oficialmente no prazo de uma semana. Por enquanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulga a competição nos moldes do ano passado, com turno único e oito classificados para a fase decisiva. Mas a Varig aceitou pagar as passagens aéreas dos clubes e dos árbitros para abater uma dívida que tem com a Infraero. Faltam apenas acertos burocráticos para que a CBF divulgue a nova fórmula do campeonato, que passa a ser mais longo, deixando os clubes em atividades por mais tempo. A alteração não estava sendo aceita porque a CBF não tinha como manter os custos de viagens. Com o acordo com a Varig, a fórmula tornou-se viável.

A empresa aérea repassará o valor das passagens à Infraero. Assim, diminui a dívida que tem com a empresa e colabora com a Série B, que com ajuda financeira poderá ser realizada em pontos corridos.

O diretor de Futebol do Santo André, Sérgio do Prado, esteve quarta-feira em uma reunião com representantes dos 22 clubes que vão disputar a competição, na sede da CBF, e saiu satisfeito com o resultado. “Não fomos apenas nós. Todos saíram satisfeitos, foi unanimidade”.

Outros assuntos foram votados pelos clubes da Série B. E ficou acertado também que os estádios têm de ter capacidade para, no mínimo, 10 mil pessoas. O preço dos ingressos foi estipulado em R$ 5 para meia-entrada e R$ 10 para inteira.

Na temporada deste ano, os árbitros não serão mais do Estado do time mandante, como aconteceu no ano passado. Agora, o trio será neutro, o que também agradou a Sérgio do Prado. “Acabaram os bandeiras caseiros”.

O jogador que estiver defendendo uma agremiação só poderá se transferir para outro clube no limite de sete partidas. Depois disso, não pode defender outra equipe da Série B.

O clube que quiser contratar um reforço para a sua equipe tem o limite de 21 de setembro, como acontece na Série A. No regulamento atual, os clubes têm até a 16ª rodada para fazer contratações.

“Todos os itens foram votados pelos representantes dos clubes e aceitos de maneira democrática”, conta Sérgio do Prado, após retornar do Rio de Janeiro. A reunião foi dirigida pelo presidente em exercício da CBF, Nabi Abi Chedid, e teve a participação do diretor-técnico Virgílio Elísio. Chedid aproveitou para reafirmar que a Confederação Brasileira vai continuar não cobrando os 5% a que a entidade tem direito referentes aos borderôs de rendas, afirmando que esta é uma decisão tomada pelo presidente Ricardo Teixeira.