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Oposição quer detalhes sobre gastos na Caixa de Pensões
Por Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
03/04/2007 | 07:02
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A oposição em Santo André retoma nesta terça-feira na Câmara o assunto Caixa de Pensões (atual Instituto de Previdência). A idéia é não deixar o caso – em que o ex-diretor Dalmir Ribeiro processa três secretários por alterações supostamente irregulares em balancetes – ser esquecido.

O encaminhamento da questão, porém, não ficará restrito ao pedido de acareação entre os envolvidos, que ocorrerá na sessão de terça-feira. Para sustentar a tese de improbidade administrativa praticada pelos secretários Teresa Santos (Administração), Marcela Cherubine (Assuntos Jurídicos) e Vladimir Rossi (adjunto de Administração e superintendente da Craisa), os oposicionistas investirão em informações apresentadas por Ribeiro durante o depoimento aos vereadores na semana passada.

Segundo parlamentares, o ex-diretor da Caixa de Pensões explicou que a Prefeitura “gastou milhões de reais sem necessidade” ao contratar uma empresa (logo após a sua exoneração do cargo, no início de 2004) para realizar um trabalho que já havia sido feito pela entidade.

Informações dão conta de que a empresa teria recebido R$ 2,1 milhões para fazer o levantamento de processos de servidores que também trabalharam na iniciativa privada. O estudo é obrigatório para que seja possível a compensação de contribuições previdenciárias. Alguns vereadores entendem que o montante lesou os cofres da autarquia, trazendo prejuízo aos servidores.

Luiz Zacarias (PR) defende a apuração o mais rapidamente possível. “Trata-se de um absurdo. Se o trabalho já tinha sido feito, por que contratar empresa e gastar esse dinheiro? Temos de investigar se não houve má-fé ou interesse de terceiros nesta questão.”

O governista Antonio Leite (PT) não concorda com a avaliação. Segundo ele, nada mais “normal” do que a Prefeitura conferir o trabalho de uma pessoa – no caso Ribeiro – que havia “quebrado relação de confiança” com o Executivo. “Acredito que até por excesso de zelo, a administração achou melhor contratar uma consultoria para verificar se o trabalho feito anteriormente estava correto.”

Carlos Raposo (PV) elaborou requerimento para questionar o Instituto de Previdência a respeito do assunto. Entre outras coisas, ele quer comparar o valor das compensações efetivadas com o montante pago para a empresa que realizou o serviço.




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