Artigo

O encaminhamento dado aos casos do senador Demóstenes Torres e do deputado Stepan Nercessian, envolvidos com o contraventor Carlinhos Cachoeira, demonstra que, felizmente, o País caminha para novos tempos. O primeiro foi chamado às falas pelo seu partido, sob ameaça de expulsão, e pode renunciar ao mandato; o outro afastou-se voluntariamente da legenda para se explicar. Situações inimagináveis até recentemente quando, diante de rumorosos escândalos - como os mensalões, sanguessugas, dinheiro na cueca e outros -, as lideranças partidárias e autoridades preferiam o constrangedor e escandaloso ‘eu não sei'. Só eles não sabiam, pois o povo já sabia de tudo e multiplicava o seu desapontamento em relação à classe política, por ver os errantes saírem impunes.

A Lei da Ficha Limpa, emplacada aos trancos pela sociedade descontente, somada ao trabalho investigativo da imprensa, à ação firme da Polícia Federal e ao perfil moralizador (embora lento) impresso pela presidente Dilma Rousseff, criam o caldo necessário para a implantação da sonhada revolução ética. A posição adotada pelo DEM em relação a Demóstenes, até então uma de suas estrelas nacionais, é resultado desse processo e, forçosamente, servirá de parâmetro para os demais partidos cujos integrantes se vejam envolvidos em ilegalidades. Com essa ação firme, as agremiações preservarão sua integridade e evitarão que as mazelas do filiado errante manchem coletivamente a reputação da legenda e demais filiados. Isso é positivo, pois os partidos, como instituição, têm nobre missão a cumprir para com a sociedade e, para não prejudicá-la, precisam expurgar tudo aquilo que não esteja de acordo com a sua finalidade. É assim em todas as sociedades e países desenvolvidos. Exige-se caráter, retidão e dignidade do homem público.

Mesmo como sexta economia mais desenvolvida, o Brasil dificilmente se equivalerá às potências econômicas e democráticas do planeta se não resolver a questão da credibilidade do seu homem público. Não é demais sonhar que, resolvendo a questão moral e ética da própria classe política, poderemos vislumbrar, a partir daí, também acabar com a corrupção e promover a justa distribuição da renda nacional, dando ao povo as reais oportunidades de Saúde, Educação, emprego, renda, Segurança pública e a verdadeira cidadania.

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo.

PALAVRA DO LEITOR

Baldeação, sim!

Para minimizar a traição cometida contra o povo do Grande ABC sugiro que os trens que saem da região façam ponto final na Estação Barra Funda, ou que os trens que partem de Francisco Morato façam ponto final no Brás. Assim teremos baldeação do pessoal do Grande ABC no Brás, ou para o pessoal de Francisco Morato na Estação Barra Funda. Assim não teríamos tumulto, porque os trens estão iniciando a jornada vazios. É também importante que as pessoas não tenham de trocar de plataforma. Mas com certeza os burocratas vão dizer que isso causaria problemas operacionais. Só sabem falar isso.

Maria Garcia Gusmão, Mauá

Árvores

Ao passar por aquelas pontes intermináveis em Santo André, perto do Carrefour, observei com tristeza a falta das árvores. Paineira, pau-brasil etc. Será que pelo menos tentaram replantar alguma delas em outro lugar? Sim, porque, como gostam de cortar árvores, talvez não saibam que o pau-brasil está em extinção, e que para ser utilizada comercialmente leva mais ou menos 30 anos! Para quem observa a cidade percebe que há pouco tempo essas árvores estavam a florir, portanto ainda eram novas. É! Tentar replantar árvores dá trabalho... E espero que tenham mais cuidado com nossas árvores, por favor.

Aparecida Araújo, Santo André

Próximo capítulo

No dia 18 fui à UPA da Vila Paulicéia, em São Bernardo, com minha mulher, pois estava passando muito mal. Chegando lá, fomos informados por um guarda-civil de que estava acontecendo uma gravação, mas não disse de quê. Na UPA, enquanto aguardávamos pelo atendimento médico, uma moça, que parecia segurança, autorizava de vez em quando alguém sair e falava as características da pessoa pelo radiotransmissor. Achei absurdo, pois ninguém vai ao médico domingo à tarde de sol para passear. Era só o que nos faltava! Será que alguém poderia me explicar, pois como cidadão e munícipe gostaria de saber que raio de filmagem era aquela? E se eu quisesse sair de qualquer jeito, como ficaria? Pois o guarda pediu até para tirar os carros da rua. Peço ao Poder Legislativo que investigue, se é que está a par do ocorrido. Chamo isso de desserviço à população do bairro. Seria mais útil se fizessem pesquisa de opinião pública, perguntando aos moradores o que acham do serviço prestado, se faltam médicos, remédios, enfim algo mais construtivo do que essa filmagem, a não ser que é para campanha de reeleição do prefeito. Aguardo resposta, pois até agora não entendi nada! Será nova novela?

Marco Antônio Pereira de Souza, São Bernardo

Despudores

Não há mais o que mostrar na grande mídia nacional! Lula, em oito anos, fatiou o Brasil como uma pizza. Revendo, em análise sem muita profundidade, é possível perceber a verdadeira intenção petista, que destruiu seus objetivos republicanos ao despudorar tudo o que se pode entender como moral, ética e honestidade política. Praticando hábil e espertamente ‘tamu junto copãiero', atolou seus falsos ideais numa apostasia sem precedentes em o maior sentido e abrangência vil que se pode ter como leitura. Aliou-se a Sarney com sua cauda de cometa oligárquica na vala da imoralidade política, e hoje o qualifica como cidadão não comum. Não é possível que tanto malfeito não venha à tona, e a grande máscara se desenlace, quando, então, ninguém irá querer estar na mesma foto lulista. Lula: máscara que ainda resiste!

Paulo Rogério Bolas, Santo André

Ignorância

O presidente da Mancha Alviverde, senhor Serdã, disse que as pessoas saem na rua para brigar. Se isso é realmente um tipo de diversão estamos morando em algum local da idade da pedra? Se matar os outros por torcerem por time adversário é diversão então sugiro a pena de morte para esses canalhas travestidos de torcedores. Não dá para escutar uma estupidez dessas e ficar calado!

Antônio Jose G.Marques, Capital