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Após recorde de público, Itajaí se candidata para nova edição da Volvo Ocean Race
23/04/2018 | 06:00
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Nem bem os ventos de Itajaí levaram os veleiros da Volvo Ocean Race rumo a Newport, nos Estados Unidos, e os organizadores do evento na cidade de Santa Catarina já se preparam para receber a próxima edição da regata de volta ao mundo, que acontece a cada três anos.

Em entrevista ao Estado, o presidente da Itajaí Stopover, Evandro Neiva, que é quem cuidou de todos os trâmites da etapa brasileira da competição, informou que a cidade já manifestou interesse em receber pela quarta vez os veleiros mais resistentes e menos confortáveis do mundo.

"Existe uma sinalização em relação à possibilidade de Itajaí receber novamente a regata na próxima edição. Já há conversas adiantadas, mas esta é uma definição que depende única e exclusivamente da Volvo Ocean Race Internacional", informou.

O diretor geral da competição, Antonio Bolaños, também em conversa com a reportagem, afirmou que a decisão deverá ser tomada apenas no próximo ano. "Temos que analisar com calma todas as propostas. Há outras cidades brasileiras interessadas e essa não é uma decisão fácil", disse.

O Rio de Janeiro também já recebeu uma edição do evento, em 2008/2009, ano que o barco sueco Ericson 4, do capitão brasileiro Torben Grael, se sagrou campeão. Formalmente, a cidade carioca ainda não manifestou interesse.

Segundo Evandro Neiva, o único concorrente que surgiu é Salvador, na Bahia. "Mas temos ouvido da direção geral, como de Antonio Bolaños, que a receptividade, a segurança da cidade, o envolvimento da comunidade e o incentivo da administração municipal podem mesmo definir Itajaí novamente para receber pela quarta vez a Fórmula 1 dos Mares", prosseguiu o mandatário da Stopover.

Além dos pré-requisitos citados, a etapa deste ano de Itajaí bateu recordes de público e a estimativa é que bata também de receita gerada para a cidade. "Tivemos um envolvimento grande de mais de 400 mil pessoas na Vila da Regata. Além disso, a movimentação econômica para o Estado de Santa Catarina girou na faixa dos R$ 82 milhões", revelou Evandro Neiva.

Outro ponto a favor de Itajaí, segundo fontes ouvidas pelo Estado, se refere à localização estratégica da cidade catarinense para o evento. Itajaí é a etapa em que os veleiros cruzam o Atlântico pelos mares do sul. É a parte mais difícil da regata, tanto é que vale pontuação dobrada. Estar mais ao sul do País facilita para as embarcações após uma perna exaustiva e também deixa a próxima etapa, que é nos Estados Unidos, mais comprida.

Depois de Newport, haverá mais três etapas até o término da temporada 2017/2018 da Volvo Ocean Race. Dos Estados Unidos, os veleiros cruzam o Atlântico rumo a Cardiff, no País de Gales. Depois seguem para Estrasburgo, na França, e terminam em Hague, na Holanda, em 24 de junho.

Atualmente, a liderança na classificação geral pertence ao barco chinês Dofeng. A regata de volta ao mundo também conta com a participação da brasileira e campeã olímpica Martine Grael. Ela faz parte da tripulação holandesa do Akzonobel, que ocupa o quarto lugar.




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