Carlos Tevez, definitivamente, não se esforça para ser um sujeito simpático. Retorna à equipe do Corinthians depois de uma passagem pela seleção argentina que ficou marcada não por seu futebol, até porque é reserva na equipe, mas sim por ter cuspido numa água que supostamente foi entregue ao técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira. Não acha necessário se justificar.

Nas partidas, um craque, com 14 gols pelo time este ano. Bom em campo, questionável fora dele. Brigou duas vezes com companheiros de time (Carlos Alberto e Marquinhos), foi multado em quatro oportunidades e dá entrevistas apenas quando quer, privilégio que só ele tem no clube. Traços de bad boy e perfil para ser ídolo da torcida corintiana. Durante a semana, foi ovacionado pelos torcedores e deu muitos autógrafos. Não dava mais porque perdia logo a paciência e ia embora para os vestiários.

Além de sua função no ataque – atua como espécie de pivô em algumas ocasiões, mas também parte para cima dos zagueiros e chuta bastante a gol –, o argentino servirá de apoio para o estreante Javier Mascherano. Tevez é amigo do novo reforço do Corinthians e foi decisivo na contratação do compatriota – no fim do ano passado, admitiu ter insistido com Kia Joorabchian para que também trouxesse o volante do River Plate.