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CBF agüenta pressoes e mantém Luxemburgo
Por Angelo Verotti
Da Redaçao
29/08/2000 | 00:20
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O presidente da CBF (Confederaçao Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, está tendo de se desdobrar para limpar a barra do técnico Wanderley Luxemburgo - perante a mídia, torcedores e patrocinadores -, das acusaçoes de sonegaçao de impostos e tráfico de influência. Mas o esforço do dirigente pode ser inútil, já que agora sao as multinacionais Coca-Cola e Nike, patrocinadoras da Seleçao Brasileira, que pressionam Teixeira para que tome medidas enérgicas no caso Luxemburgo.

A preocupaçao dos patrocinadores é tanta que o presidente da CBF teve de se reunir com representantes das multinacionais num clube de golfe no Rio de Janeiro para tentar contornar a situaçao. As denúncias feitas pela ex-secretária do treinador, Renata Alves, de que ele ganhava dinheiro na negociaçao de jogadores convocados para a Seleçao, nao estao agradando aos comandos das empresas.

Apesar de tantas acusaçoes contra o treinador, o presidente da CBF garantiu nesta segunda que só tira o técnico Wanderley Luxemburgo do comando da Seleçao se aparecerem provas concretas de que ele teve participaçao na negociaçao de jogadores. "O ônus da prova cabe à acusaçao", explicou o dirigente. Quanto à sonegaçao de Imposto de Renda, já admitida pelo treinador, o presidente de CBF disse nao estar preocupado com isso, pois, segundo ele, este problema é comum no país.

Como se já nao bastassem tantos problemas, Luxemburgo terá ainda de suportar as provocaçoes de Romário, que, por nao ter sido convocado para as Olimpíadas, fez críticas ao treinador na sexta-feira, chegando a afirmar que "quem é ruim se destrói sozinho". Ao contrário de outras oportunidades, quando nao aceitava o questionamento de sua autoridade, o treinador ignorou as declaraçoes do atacante.

Nesta segunda, durante a apresentaçao no Rio do elenco que irá enfrentar a Bolívia domingo, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002, Romário nao quis polemizar e afirmou que sua relaçao com Luxemburgo será estritamente profissional, a mesma postura adotada pelo técnico. "Sempre foi assim e, agora, nao vai ser diferente", disse.




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