O presidente da Câmara de Rio Grande da Serra, Silvio Sabainski (PV), recusou quarta um cheque de R$ 20 mil da Prefeitura que serviria como parte do duodécimo (repasse de verbas ao Legislativo). O presidente afirmou que nao aceitou porque a obrigaçao do prefeito é repassar o valor correto (R$ 81,2 mil) e que a quantia daria para pagar somente os funcionários, mas continuaria devendo para os vereadores.

"O repasse à Câmara é sagrado. Estou trabalhando sob pressao porque os valores enviados nao sao suficientes para pagar as despesas. Ele sabe da nossa situaçao porque já sentou nesta cadeira. Vou brigar pelo duodécimo integral", afirmou Sabainski.

Ramon Velasquez afirmou que vai precisar da ajuda do Legislativo para regularizar as contas da Prefeitura e da Câmara até o fim deste ano e adaptá-las à (LRF) Lei de Responsabilidade Fiscal, por isso vai ter de reduzir o duodécimo. Sabainski nao concorda com Velasquez e argumenta que os órgaos públicos têm até maio de 2001 para se adaptar à Lei Fiscal.

O petista acredita que o presidente está querendo iniciar uma queda de braço em virtude do período eleitoral. "A situaçao me leva a pensar nisso, pois num momento em que toda a sociedade luta para tirar a cidade da situaçao difícil, ele nao dá sua cota de contribuiçao", afirmou.

Sabainski descarta a possibilidade e diz que o prefeito está dificultando o trabalho da presidência. "Ele quer que eu o ajude, mas aqui as despesas continuam e eu nao consigo pagar porque nao há verba", disse o candidato verde. Segundo Sabainski, uma das linhas telefônicas foi cortada e a proprietária do prédio onde funciona a Câmara está pressionando a direçao para efetuar o pagamento do aluguel.

No mês de agosto, o Executivo repassou somente R$ 22,5 mil ao Legislativo. O valor, que nao foi recebido pelo presidente, somaria R$ 42,5 mil. Como hoje é o último dia do mês, ainda faltariam R$ 38,7 mil para completar o duodécimo integral.