Estes especialistas informaram que quase metade da frota chinesa, de cerca de 50 submarinos - entre eles, seis nucleares - é obsoleta e alguns deles nao saem ao mar há vários anos.

Os analistas afirmaram que a China jamais reconheceriam a perda de um submarino num acidente como o que destruiu o ``Kursk', o submarino russo que naufragou no sábado retrasado no Mar de Barents, matando 118 tripulantes.

Estas fontes dizem também que a China nao tem os conhecimentos tecnológicos e os equipamentos para socorrer marinheiros no fundo do mar.

``No que diz respeito a qualquer tipo de socorro, acredito que os chineses estao muito mais atrasados que os russos', disse o especialista.

Um especialista militar que vive em Pequim disse que a China jamais admitiu uma única morte num acidente de submarino e que jamais aceitaria solicitar ajuda internacional.

``Se ocorresse um acidente nao saberíamos de nada, qualquer que fosse a causa, já que isso seria considerado uma demonstraçao de fraqueza da capacidade militar da China', declarou o especialista, que pediu anonimato.

A maior parte da frota de submarinos chinesa é formada por cerca de 40 submarinos convencionais, da classe Romeu, dos anos 50, comprados à Uniao Soviética junto com cinco submarinos nucleares de ataque da classe Han, fabricados na China.

A China também recebe ajuda russa para desenhar o sucessor do Xia, seu submarino nuclear de mísseis balísticos, que assim como o ``Kursk' seria o orgulho da frota e poderia lançar mísseis.

``O Xia nao sai ao mar há vários anos e nao dispara mísseis balísticos pelo menos desde o início dos anos '90', disse um especialista asiático.

A maioria dos submarinos soviéticos da classe Romeu também está fora de serviço, e os dois submarinos da classe Kilo, comprados à Rusia por volta de 1995, apresentaram graves problemas, afirmou.

A imprensa estatal chinesa, severamente controlada, forneceu farta informaçao sobre o desastre do ``Kursk', mas nao fez nenhum comentário sobre a operaçao de resgate nem sobre os equipamentos militares russos.

A China comprou equipamentos militares da Rússia entre 1991 e 1997, por cerca de 6 bilhoes de dólares, fazendo da Rússia seu principal fornecedor de armas, segundo fontes russas.

Mas o especialista ocidental nao acredita que o desastre do ``Kursk' afete esta relaçao.

``Este acidente nao terá conseqüências nas vendas de armas russas à China, já que os chineses nao têm nenhum outro fornecedor', previu.