O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em reunião com a bancada do PT no Senado, que a base aliada não vai usar seu “rolo compressor” para aprovar as reformas tributária e da Previdência na Casa. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), declarou nesta sexta-feira que Lula pediu uma ampla negociação com os partidos aliados e com os de oposição.

Mercadante ressaltou que o presidente quer que todos os partidos sejam incluídos no debate das reformas, principalmente da tributária, para que saia do Senado a melhor proposta possível. Na Câmara, a oposição reclamou dos deputados governistas. Eles não teriam respeitado a minoria e muitas vezes impuseram suas opiniões com ‘truculência’.

Na reunião dos senadores petistas, o principal tema de discussão foi a reforma da Previdência. O governo esperava que o Senado não alterasse o texto aprovado na Câmara, mas a resistência dos senadores é grande e algumas mudanças são dadas como certas.

Uma das alterações deve acontecer no subteto para os servidores nos Estados. O governo aceita que o salário máximo do Executivo estadual seja maior que o do governador, desde que ele não ultrapasse o teto máximo de 90,25% do salário dos ministros do supremo Tribunal Federal.

Apesar das dificuldades, Mercadante estimou que as reformas podem ser aprovadas ainda neste ano.