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Água Santa pode fazer história no Grande ABC

Clube está muito perto de conquistar terceiro acesso em quatro anos no futebol profissional

Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
28/04/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


O Água Santa está com as duas mãos e um pé na elite do futebol paulista. Só uma catástrofe tira o acesso do time diademense na última rodada da Série A-2 do Campeonato Paulista, que será realizada no fim de semana (leia mais ao lado). Com isso, o Netuno muito provavelmente será o time de ascensão mais meteórica no Grande ABC e da história recente do Paulistão, conseguindo três acessos em três anos disputando competições oficiais.

Fundada em 1981, a equipe diademense fez história na várzea da cidade e foi galgando espaço com títulos locais, principalmente a partir dos anos 2000. Em 8 de dezembro de 2011, se profissionalizou e se filiou à Federação Paulista de Futebol, mas ficou um ano sem disputar competições oficiais para se preparar para a estreia, em 2013.

Para isso, trouxe o experiente técnico Márcio Ribeiro, bastante rodado no Interior e com passagens expressivas por clubes tradicionais, como Ferroviária, América-SP, Comercial, Botafogo-SP e XV de Piracicaba.

Com tempo, o treinador montou o elenco a seu feitio, sem medalhões e alarde da mídia. O jogador mais renomado no início do clube era Ricardinho, meia ex-Internacional e Palmeiras, que foi o camisa 10.

Logo na Segundona a equipe ficou com o vice-campeonato após campanha sólida. Na final, contra a Matonense, 5 a 2 no primeiro duelo, mas o título escapou pelos dedos com a derrota por 4 a 0, em Matão.

No entanto, isso não abalou a equipe, que, apesar de início irregular na Série A-3, sempre se manteve perto da zona de classificação para a fase final da competição.

Nos grupos formados pelos oito melhores times, o Netuno fez sua parte e ficou em segundo lugar em chave com Sertãozinho, São José e Novorizontino, que, ontem, se garantiu matematicamente na elite em 2016.

Curiosamente, nessas duas campanhas, a equipe teve problemas com o Estádio Inamar, que possuía gramado sintético e dimensões pequenas, o que incomodava jogadores e comissão técnica. Dessa forma, o time mandou diversos jogos no Baetão, em São Bernardo, que também não tinha gramado natural, mas garantia melhor prática do futebol.

Em 2015, já sem Ricardinho, o meia-atacante Francisco Alex assumiu o protagonismo da equipe. Com a camisa 10, o jogador, que tem passagens por São Paulo e Sport, foi o maestro na campanha da Série A-2 e contou com mais nomes como Rafael Martins – artilheiro da equipe na competição, com dez gols –, Makanaki e Borebi, ambos ex-Santo André.

Um dos trunfos do Água Santa foi a manutenção do técnico Márcio Ribeiro, mesmo em momentos delicados, como em 2014, quando os resultados negativos fizeram com que a torcida o vaiasse. Mas a diretoria, pensando no projeto a longo prazo, apostou no treinador e agora colhe os frutos de mais uma ótima campanha que está muito perto de terminar com o acesso à elite estadual.




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