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PMs alegam que morte de dentista foi um acidente
18/10/2005 | 00:01
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Foi um acidente. Essa é a versão apresentada nesta segunda-feira pelos policiais militares que mataram o dentista Flávio Ferreira Sant'Anna no primeiro dia do julgamento do caso, no 2º Tribunal do Júri, em São Paulo. O soldado Luciano José Dias, 24 anos, chegou a chorar. Além dele, estão sendo julgados o tenente Carlos Alberto de Souza Santos, 34, e o cabo Ricardo Arce Rivera.

Sant'Anna foi morto em 3 fevereiro de 2004 pelos policiais quando voltava do Aeroporto Internacional de São Paulo, onde fora deixar a namorada. A vítima era negra e os policiais estavam atrás de um negro que roubara pouco antes um comerciante na avenida Zaki Narchi, na zona Norte de São Paulo.

Depois de matar o dentista, os policiais tentaram encobrir o crime colocando uma arma com número raspado nas mãos da vítima. Pegaram a carteira de Antonio Alves dos Anjos, o comerciante roubado, e disseram que a encontraram com Sant'Anna. Foram então à delegacia e afirmaram que Sant'Anna havia roubado o comerciante e resistido à prisão.

A promotoria acusa os réus de homicídio duplamente qualificado, pois agiram por motivo torpe e sem dar chance de defesa para a vítima. Além disso, cometeram fraude processual. A defesa alega que os réus cometeram um engano e admite que os policiais agiram com excesso. O julgamento deve terminar nesta terça-feira.




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