Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Memória
>
Memória
Esta invenção passa pelos céus de Santo André
Por Ademi Medici
04/02/2019 | 07:09
Compartilhar notícia


A energia eólica volta à pauta da tecnologia mundial, tema que foi estudado há quase um século na região

“Bons ventos trazem boas notícias. A energia eólica já abastece cerca de 22 milhões de residências por mês no Brasil. São mais de 520 parques eólicos no País, 80% deles no Nordeste.’’

Os dados divulgados em junho de 2018 pela Associação Brasileira de Energia Eólica indicam que, neste ano de 2019 a energia produzida a partir da força do vento deve ser a segunda maior fonte brasileira – 8,5% –, ficando atrás somente da hidrelétrica e superando a produção conjunta das termelétricas e usinas de biomassa.

Fonte: Suzana Camargo, jornalista, em artigo publicado no blog Conexão Planeta.

Para entender: energia eólica é a transformação da energia do vento em energia útil, tal como na utilização de autogeradores para produzir eletricidade, moinhos de vento para produzir energia mecânica ou velas para impulsionar veleiros.

A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás.

Em meados da década de 1920, algumas empresas começaram a fabricar aerogeradores elétricos de 1-3 quilowatts, os quais tiveram uma ampla aceitação nas regiões rurais da América do Norte.

Estas informações são facilmente encontráveis na internet, em estudos como os da professora Juliana Diana, de biologia. Tais estudos, aqui em Memória, nos remetem aos desenhos técnicos idealizados por Alécio Cavaggioni na primeira metade do século passado quando funcionário da multinacional norte-americana Lidgerwood, com unidade no bairro Casa Branca, em Santo André. 

NA PRANCHETA

As datas dos desenhos do Sr. Alécio coincidem com as datas dos estudos realizados, à época, para o uso da energia eólica pela indústria. Daí o título da Memória de hoje, que também bate com as fotografias reproduzidas do acervo particular deste técnico que estudou no 1º Grupo Escolar de Santo André e fez curso profissionalizante em São Paulo, no Liceu de Artes e Ofícios.

O acervo de Alécio Cavaggioni, preservado pela professora Marília Cavaggioni, sua filha, é riquíssimo. Ali estão fotos dos operários da Lidgerwood no trabalho e nos momentos de lazer. E ali estão os desenhos técnicos em pergaminhos. Tudo a ver com a formação industrial de Santo André, em particular, e do Brasil, de forma geral.

E quando a energia eólica passa a ser matéria atualíssima, neste segundo semestre, como demonstra a jornalista Suzana Camargo, é bom saber que os primeiros estudos da matéria, no Brasil, passam pelos desenhos deste andreense e de seus colegas da fábrica que se foi.

Diário há 30 anos

Sábado, 4 de fevereiro de 1989 – ano 31, edição 6980

Manchete – Golpe tira Stroessner do poder. Cem pessoas morrem no Paraguai

São Bernardo – Câmara Municipal não discute e aprova os 147 novos cargos de secretários dos 21 vereadores. Sessão foi uma das mais rápidas da história, sem qualquer discussão.

Economia – Com Plano Verão e tudo, inflação bate todos os recordes: 70,28% em janeiro.

- Da coluna Plano de Vista: Vicente Paulo da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, fala sobre os principais erros do Plano Verão.

Carnaval 89 – Desfile começa às 20h em Santo André, na Avenida Dom Pedro II.

Em São Paulo, na Avenida Tiradentes, Rosas de Ouro encena a Companhia Cinematográfica Vera Cruz

Jordano Martinelli, o guardião do acervo da Vera Cruz, em São Bernardo, desfilará em cima da charrete usada no filme Sinhá Moça, do qual participou.

Martinelli sairá todo vestido de preto.

A roupa é a mesma usada no filme, quando fez papel de jurado.

Ele usará também bengala de prata e tarja negra no braço.

“Se me perguntarem se perdi algum parente, respondo: perdi, foi a Vera Cruz”.

Em 4 de fevereiro...

1919 – Cai uma barreira no segundo plano, corte 11, da Serra. Trem das 16h45, de Santos, não pôde chegar a Paranapiacaba. Alguns passageiros subiram a pé; outros retornaram.

Em São Paulo, a parte baixa da cidade está inteiramente alagada. Casas desabaram.

A enchente do Tietê (de uma crônica publicada pelo Estadão):

Há quanto tempo não se registrava aqui uma enchente assim. As que nestes últimos anos temos tido, não passaram, felizmente, de enchentes comuns, que nem chegaram a despertar interesse e a chamar gente à Ponte Grande ou à Várzea do Carmo. A de agora é muito diferente.

Até se recordam versos de Alberto de Oliveira: “O que era um rio ecoa. E é mar, e engrossa, e alteia, e ferve, e espuma, e, rouco, morde as margens, empola, empina-se, acachôa. Bolha, brama, e, à feição do indômito cavalo, voa impelindo em fúria o peso d’água”.

O cronista é abordado por um italiano, que teve a casa inundada, como tantas outras.

Che disgrazia, signore! Che disgrazia...

São ruas da Ponte Grande e Ponte Pequena, onde habitam famílias das mais pobres e humildes da cidade.

1959 – Seleção Brasileira de Basquete Masculino conquista o primeiro título mundial.

2004 – Criada a rede social Facebook.

Santos do dia

-João de Brito

- Andre Corsini

- Joana de Valois

- José de Leonissa

- Gilberto

Municípios brasileiros

Celebram aniversários em 4 de fevereiro:

- Em São Paulo, Dois Córregos. Criado em 1874, quando se separa de Brotas.

- Em Pernambuco, Garanhuns, Itambé e Paudalho.

- Em Alagoas, Jacuípe.

- No Amapá, a capital Macapá.

- Em Santa Catarina, Presidente Castello Branco.<

Fonte: IBGE 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.