A ex-estagiária de administração de empresas Carolina de Paula Faria dos Santos, 23 anos, vai responder à Justiça por um homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e sem chance de defesa da vítima) e duas tentativas de homicídio. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público e aceita ontem pela Justiça de Santos, que também determinou a prisão preventiva de Carolina e de mais quatro acusados.

Uma das tentativas de homicídio teve como vítima a secretária Renata Borelli, 24 anos, moradora da Vila Euclides, em São Bernardo. Carolina é acusada de planejar os crimes para garantir uma vaga de emprego na empresa Petrocoque, em Cubatão, e para também ficar perto de seu ex-amante, que é gerente da empresa.

Carolina já está presa desde 18 de janeiro, quanto teve a prisão temporária decretada. Segundo a polícia, ela confessou que mandou matar a ex-colega Mônica Tamer de Almeida, 39 anos, para que seu lugar na empresa ficasse vago.

Carolina trabalhou como estagiária na Petrocoque entre dezembro de 2004 e julho de 2005. Neste período, teve um relacionamento amoroso com um colega gerente. Ao término do estágio, ela tentou retornar à empresa, mas não conseguiu.

Segundo o Ministério Público, a ex-estagiária chamou para cometer os crimes o primo Rodolfo Queirós dos Santos, 25 anos, que entrou em contato com Ewerton Moura de Andrade, 19, Aislan Dionísio do Nascimento, 25, e Edson Siqueira dos Santos. Nascimento continua foragido.

O primeiro crime atribuído a Carolina foi em setembro de 2005, em Santos, na qual a mulher de seu ex-amante sofreu uma tentativa de seqüestro e escapou por que gritou muito. O Ministério Público interpretou que houve tentativa de homicídio.

A outra tentativa de homicídio ocorreu um mês depois e teve como vítima a moradora de São Bernardo, ex-colega de Carolina. No km 34 da Via Anchieta, o carro da vítima foi baleado e Renata Borelli conseguiu escapar, apesar de levar um tiro no ombro. Em dezembro houve o homicídio de Mônica.